Estudo também destaca a desigualdade entre países no acesso a serviços de tratamento e cuidados paliativos. A pesquisa abrangeu 115 países, com base em dados de 2022
Pedro Miranda Publicado em 01/02/2024, às 18h21
A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgou nesta quinta-feira (1º) projeções alarmantes para o cenário do câncer no Brasil. Estima-se que o país poderá enfrentar um aumento de 98,6% nas mortes por câncer até 2050, atingindo cerca de 554 mil óbitos, em comparação com os 279 mil registrados em 2022.
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As preocupações não se limitam apenas às mortes, pois as projeções também indicam um aumento de 83,5% nos novos casos de câncer, alcançando 1,15 milhão até 2050, em comparação com os 627 mil casos registrados em 2022.
O levantamento, parte de uma pesquisa sobre o financiamento de serviços oncológicos e cuidados paliativos, destaca um desafio global na luta contra o câncer. A pesquisa abrangeu 115 países, com base em dados de 2022, e revelou que a incidência e mortalidade pelo câncer continuarão a crescer nos próximos anos.
A Iarc prevê que, até 2050, o mundo enfrentará 35 milhões de novos casos de câncer, representando um aumento de 77% em relação aos 20 milhões de casos de 2022. A agência aponta que o rápido crescimento da incidência global de câncer está associado ao envelhecimento da população, ao aumento demográfico e à maior exposição a fatores de risco como tabaco, álcool, obesidade e poluição do ar.
O Observatório Global do Câncer, da Iarc, divulgou novas estimativas que revelam que 10 tipos de câncer representaram cerca de dois terços dos novos casos e mortes em todo o mundo em 2022. O câncer de pulmão liderou os novos casos, seguido pelo câncer de mama feminino, câncer colorretal, câncer de próstata e câncer de estômago.
O estudo também destaca a desigualdade entre países no acesso a serviços de tratamento e cuidados paliativos. Apenas 39% dos países estudados tinham tratamento oncológico como parte dos serviços de saúde universais, enquanto apenas 28% ofereciam serviços de cuidados paliativos. A Iarc enfatiza a necessidade urgente de abordar as desigualdades no tratamento do câncer em todo o mundo.
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