Presidente Lula deve sancionar a qualquer momento o Projeto de Lei (PL) 4173/23, que tributa investimentos fora do Brasil, incluindo criptomoedas e
Mylena Lira Publicado em 30/11/2023, às 23h29
Na noite da última quarta-feira (29), o Senado Federal aprovou o Projeto de Lei (PL) 4173/23, que tributa investimentos de pessoas físicas no exterior, incluindo criptomoedas, como o Bitcoins. O PL também institui a taxação dos ricos que investem em fundos exclusivos e offshores (investimento no exterior).
O texto, que já havia recebido aprovação na Câmara dos Deputados, seguiu para a sanção do presidente Lula e tem previsão de entrada em vigor a partir de 1º de janeiro de 2024. Vale ressaltar que a proposta original do governo federal foi alterada.
O texto inicial previa alíquota máxima de 22,5% para rendimentos no exterior com criptomoedas acima de R$ 50 mil, mas agora fixa taxa de 15% para qualquer faixa de ganhos, após modificação promovida pelos parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado.
+MEC quer pagar R$ 9 mil para estudantes do ensino médio, com repasse mensal
A tributação de criptomoedas será realizada a partir dos rendimentos provenientes de transações envolvendo Bitcoin (BTC), e outras moedas digitais, em corretoras no exterior. A taxação vai incidir sobre ganhos, por isso o investidor só será tributado no momento da venda.
São exemplos de corretoras que operam criptomoedas fora do Brasil:
+ChatGPT faz aniversário: inteligência artificial auxilia no estudo para concurso público
O Congresso Nacional também aprovou a taxação de fundos exclusivos e offshores, anteriormente isentos, com:
Atualmente, cerca de 2,5 mil brasileiros com uma grana boa investem em fundos exclusivos, que representam um patrimônio total de R$ 756 bilhões, correspondendo a 12,3% da indústria de fundos do Brasil. A nova taxação desses fundos aplica uma alíquota de 15% sobre o rendimento para fundos de longo prazo e 20% para investimentos de até 1 ano (curto prazo), com tributação a cada 6 meses.
No que diz respeito aos fundos offshores, amplamente utilizados por investidores super-ricos para administrar bens no exterior, o projeto estabelece uma cobrança anual de 15% de Imposto de Renda a partir de 2024. A tributação ocorrerá uma vez ao ano, no dia 31 de dezembro. Atualmente, quem investe em offshores paga apenas 15% de IR sobre o ganho de capital quando e se o dinheiro retornar ao Brasil.
Taxas os ricos e os ganhos com investimentos fora do Brasil é considerada uma das principais estratégias do governo federal para aumentar a arrecadação de impostos, reduzir o déficit fiscal e diminuir as desigualdades sociais, promovendo uma tributação mais igualitária no país.
De acordo com o relatório apresentado pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), estima-se que a taxação resultará em um montante de R$ 13 bilhões apenas em 2024. Segundo o governo Lula, o objetivo da reforma tributária é:
+++Acompanhe as principais notícias sobre Sociedade no JC Concursos.