Desde 1940, quando apenas 44% da população sabia ler e escrever, a alfabetização tem aumentado. Em 1980, a taxa subiu para 74,5% e, em 2022, alcançou 93%
Pedro Miranda Publicado em 17/05/2024, às 13h26
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (17) dados do Censo Demográfico 2022 que apontam um índice de alfabetização de 93% entre a população brasileira com 15 anos ou mais. Isso significa que, dos 163 milhões de pessoas nessa faixa etária, 151,5 milhões possuem habilidades básicas de leitura e escrita, enquanto 11,4 milhões ainda não são alfabetizadas.
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Desde 1940, quando menos da metade dos brasileiros sabiam ler e escrever, o país tem mostrado avanços consideráveis. Em 1980, a taxa de alfabetização saltou para 74,5%, e em 2022, alcançou os 93%, refletindo um crescimento contínuo e significativo ao longo das décadas.
O IBGE destaca que a redução no analfabetismo é resultado direto da ampliação do acesso à educação fundamental, especialmente desde os anos 1990, e da transição demográfica que substituiu gerações mais velhas e menos escolarizadas por mais jovens e com maior acesso à educação. A taxa de analfabetismo entre jovens de 15 a 19 anos é a menor registrada, apenas 1,5%, contrastando com os 20,3% entre pessoas com 65 anos ou mais.
Questões raciais também influenciam as taxas de alfabetização. Em 2022, 4,3% dos brancos e 2,5% dos amarelos não eram alfabetizados, enquanto entre pretos, pardos e indígenas as taxas foram significativamente maiores, sendo 10,1%, 8,8% e 16,1%, respectivamente.
As mulheres demonstram melhores indicadores educacionais em quase todas as faixas etárias. Em 2022, a alfabetização entre mulheres foi de 93,5%, ligeiramente superior aos 92,5% registrados entre homens. No entanto, entre os mais idosos (65 anos ou mais), os homens superam as mulheres em taxa de alfabetização: 79,9% contra 79,6%.
Regionalmente, a Região Sul lidera com a maior taxa de alfabetização (96,6%), seguida pelo Sudeste (96,1%). No outro extremo, a Região Nordeste, embora tenha apresentado melhorias, ainda possui o menor índice (85,8%). A Região Norte, por sua vez, viu sua taxa subir para 91,8%.
Entre as populações indígenas, houve uma notável redução na taxa de analfabetismo, de 23,4% em 2010 para 15,1% em 2022. A maior queda foi observada na Região Norte, de 31,3% para 15,3%. As mulheres indígenas apresentam uma taxa de alfabetização ligeiramente inferior à dos homens, 84,3% contra 85,7%.
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