Em entrevista a jornal, ministra do Planejamento, Simone Tebet, falou sobre a revisão da tabela de IR, reajuste do salário mínimo, entre outros assuntos
Jean Albuquerque Publicado em 17/01/2023, às 16h47
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou em entrevista ao jornal O GLOBO que não há espaço para que seja feita uma revisão da tabela de IR (Imposto de Renda) em 2023 sem que isso afete o orçamento da União.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha presidencial prometeu isenção para quem ganha até R$ 5.000, mas para que isso possa ser feito é necessário algum tipo de compensação, disse a ministra.
"Se eu mexo na tabela de Imposto de Renda eu estou deixando de arrecadar. Eu tenho um orçamento para ser executado esse ano. Por isso que estou dizendo: eu posso fazer isso para o ano que vem, temos quatro anos para isso", destacou sobre o tema.
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A ministra também falou ao jornal sobre o piso mínimo nacional, que continua em R$ 1.302, o mesmo valor sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano passado. Durante a transição, o governo mencionou que o salário mínimo iria subir para R$ 1.320, o que não aconteceu.
"Nós deixamos espaço fiscal para R$ 1.320. A questão é que até o fim do ano, milhares de pessoas que estavam na fila da aposentadoria absorveram esse espaço fiscal que se tinha. Por conta disso, hoje não temos espaço fiscal para R$ 1.320", disse.
Sobre a promessa de campanha de Lula de mexer na tabela de IR, a ministra disse que "é uma decisão política do presidente. Temos quatro anos de governo para implementar toda agenda de campanha do presidente Lula".
Ainda sobre uma possível alteração na tabela do imposto de renda em 2023, ela afirmou que o governo não tem espaço fiscal no momento, por conta do teto de gastos.
"Se mexer na tabela do Imposto de Renda, isentando do Imposto de Renda uma camada classe média baixa, você vai ter que criar espaço fiscal de outro lado. Nós não podemos criar impostos, o Brasil não comporta mais. Então isso vai ser colocado na conta em uma análise política da Casa Civil e Fazenda", defendeu.
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