Salário mínimo pode não acompanhar a inflação em 2023. Entenda

O jornal Folha de São Paulo revelou o plano do ministro da Economia Paulo Guedes para atualizar o salário mínimo, caso Bolsonaro seja reeleito

Victor Meira   Publicado em 20/10/2022, às 14h59

Divulgação

Caso Jair Bolsonaro (PL) consiga se reeleger, o ministro da Economia Paulo Guedes pretende enviar um projeto para a desindexação do salário mínimo e dos benefícios previdenciários. A informação é do jornal Folha de São Paulo, que foi divulgada nesta quinta-feira (20).

Atualmente, estes valores são corrigidos pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do ano anterior. Assim, há uma reposição da perda pelo aumento de preços observado entre famílias com renda de até cinco salários mínimos.

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De acordo com o jornalão, o salário mínimo deixaria de ser corrigido pelos dados da inflação passada. Com a nova regra proposta por Guedes, o piso iria considerar somente a expectativa de inflação e reajustado, no mínimo, pela meta de inflação. Este fenômeno também seria aplicado nos benefícios previdenciários. 

“Com isso, abre-se a possibilidade de uma correção abaixo da inflação nos benefícios previdenciários, que têm despesas projetadas em R$ 859,9 bilhões para o ano que vem, e do salário mínimo. O piso nacional afeta também os gastos com seguro-desemprego”, cita a Folha de São Paulo. 

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Um eventual segundo mandato de Bolsonaro poderia alterar o índice usado para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a variação de preços sentida por famílias com renda de até 40 salários mínimos. Tradicionalmente, ele é menor do que o INPC.

Para efeito de comparação entre a situação atual e o eventual modelo proposto por Guedes, o INPC de 2021 foi uma alta de 10,16%, que foi usado como base para a atualização do salário mínimo de R$ 1.212. Com base nos números de 2022, ao usar apenas a meta de inflação, a elevação seria de 3,5%. Caso a opção fosse pela expectativa do início do ano para o IPCA em 2022, o reajuste seria de 5,03%. 

Apesar disso, a Folha aponta que os detalhes sobre o reajuste ainda não estão em discussão e não são definitivos. 

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