O trabalhador que ainda não efetuou o saque do FGTS extraordinário de até R$ 1.000, liberado entre abril e junho, ainda tem tempo para resgatar o dinheiro. Confira prazo final para pedir
Mylena Lira Publicado em 19/09/2022, às 19h24 - Atualizado às 19h24
Caso você ainda não tenha efetuado o saque do FGTS extraordinário de até R$ 1.000,00, liberado de abril a junho pelo governo federal para movimentar a economia do país, saiba que a grana segue disponível para resgate. Porém, é preciso ficar atento ao prazo para ter acesso ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
Segundo a Caixa Econômica Federal, cerca de R$ 9 bilhões retonaram ao FGTS no começo de agosto porque foram deixados para trás pelos trabalhadores. O saque não é obrigatório e quem optar por não usar o dinheiro não será prejudicado, pois o montante continuará rendendo lá.
Porém, caso não tenha sacado por esquecimento ou mesmo porque não soube antes que isso era possível ainda dá tempo. A Caixa debitou automaticamente da conta de FGTS do trabalhador e creditou os recursos na conta social digital do Caixa Tem para todos que tinham direito. Eventualmente, alguém pode não ter recebido de forma automática. Se for o seu caso, é só requisitar o depósito.
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Para consultar o valor liberado, basta acessar o aplicativo FGTS, disponível para smartphones e tablets com sistemas Android ou iOS, e seguir o passo a passo informado abaixo:
Caso você tenha saldo, mas a grana não caiu automaticamente, dê entrada no requerimento do saque do FGTS extraordinário até o dia 15 de dezembro. Dessa forma, o dinheiro será transferido para o Caixa Tem em até 15 dias. A solicitação de crédito pode ser feita também pelo aplicativo FGTS.
Após o valor ser liberado, por meio do app Caixa Tem será possível efetuar o saque em caixas eletrônicos; transferir o dinheiro, sem custo, para qualquer conta, independentemente do banco; pagar contas domésticas; e realizar compras virtuais.
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O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) foi criado pela Lei nº 5.107, em 1966, e completou 56 anos de existência nesta terça-feira (13). Além dos empregados com carteira assinada, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), também contam com FGTS:
Mas, afinal, como é formado o fundo e para quê ele serve? O saldo do FGTS serve para socorrer o trabalhador em determinadas situações e é formado pela soma dos depósitos mensais feitos pelo empregador, que correspondem a 8% do salário. O montante fica retido, recebendo atualização monetária, e só pode ser resgatado em momentos específicos, entre eles o do saque extraordinário liberado neste ano.
As formas mais comuns de acesso ao dinheiro são na hora de se aposentar; ao ser demitido sem justa causa; para a compra da casa própria ou mesmo em caso de doenças graves. Enquanto não é resgatado, o saldo do FGTS subsidia investimentos feitos pelo governo em diversas áreas.
O patrimônio do FGTS alcança hoje mais de R$ 607 bilhões, tendo injetado na economia nos últimos anos mais de R$ 748 bilhões, sendo R$ 568,9 bilhões com a implementação dos saques ordinário e extraordinário e outros R$ 179,1 bilhões com desembolsos nas contratações em habitação popular, saneamento básico, infraestrutura urbana e saúde.
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