Primeiro jogo da Copa do Mundo 2022 está marcado para o próximo domingo (20), às 13h, no Catar, localizado na Ásia Ocidental; saiba mais detalhes
Jean Albuquerque Publicado em 17/11/2022, às 17h24
A declaração de que a homosexualidade produziria um "dano à mente", foi dada por um embaixador oficial da Copa do Mundo 2022 gerou protesto no Catar, país sede da maior competição de futebol do planeta. Em resposta, seleções e jogadores usarão braçadeira de arco-íris, símbolo da luta da população LGBTQIA+.
Entre as polêmicas e declarações desastrosas, especialistas ouvidos pela BCC News afirmam que essa será a Copa do Mundo mais politizada em toda a sua história. O fundador do Kop Outs, que é um grupo de torcedores LGBTQIA+ do time inglês Liverpool, foi um dos convidados junto ao seu marido para uma turnê organizada pelo comitê da Copa do Mundo.
Sobre as declarações, ele afirmou à BBC: "minha esperança inicial era que, assim como fizeram com as melhorias para os trabalhadores imigrantes, eles [os organizadores] apresentassem algumas medidas para melhorar a vida das pessoas LGBT+". E ainda acrescentou que "é inconcebível pensar em ir agora que ficou claro que as autoridades do Catar continuam maltratando pessoas LGBT+."
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As críticas também têm partido de políticos internacionais e grupos de direitos humanos, e já chegaram a ter protestos em campo. Neste caso, a Dinamarca irá usar uniforme que não deixa em evidência os logotipos do país e da marca da camisa.
Jogadores e seleções dos países, como Inglaterra, França, Alemanha e Bélgica, inclusive a Dinamarca, também irão usar uma braçadeira com o logotipo do arco-íris da OneLove, uma campanha que promove a inclusão e igualdade.
A Fifa, até o momento, não esclareceu se o uso da braçadeira pode violar as regras da Copa do Mundo, que proíbem os jogadores a fazerem declarações políticas durante as partidas da competição.
De acordo com o acadêmico e advogado esportivo, Gregory Ioannidis, ouvido pela BCC News, a Fifa tem dificuldades e não consegue estipular um limite do que deve ou não ser considerado como manifestação política.
Ioannidis afirmou que "os jogadores da Noruega recentemente colocaram uma manifestação em suas camisas, a pergunta é: 'Isso equivale a uma declaração política?'. Não sei, você pode me definir o que é uma declaração política? Acho que ninguém pode, e esse é o problema que a Fifa está enfrentando no momento."
Sobre esse episódio citado pelo especialista, os jogadores noruegueses usaram camisas com os dizeres "Direitos humanos dentro e fora do campo", em uma partida eliminatória da Copa.
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