O último Boletim Focus da era Bolsonaro para ainda 2023 ainda continua abaixo da casa do 1%
Victor Meira Publicado em 26/12/2022, às 16h19
No último Boletim Focus, documento com as estimativas dos indicadores econômicos das principais instituições financeiras do país, da era Bolsonaro preveem que o ano de 2023 terá uma inflação e juros maiores do que o previsto da semana anterior. A publicação foi divulgada, nesta segunda-feira (26), pelo Banco Central do Brasil (BC ou Bacen).
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) previsto de 2022 caiu de 5,76% para 5,64% para este ano. Mas para o ano que vem a estimativa avançou de
5,23% contra 5,17% na semana passada. Assim como aconteceu com as elevações para os anos de 2024 e 2025, que subiram para 3,6% e 3,2%, respectivamente.
Se a estimativa de 2022 terminar com estes números, ela deverá superior a meta perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional, de 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O limite inferior seria de 2% e o superior, de 5%.
Outro indicador que sofreu modificação foi a Selic, a taxa básica de juros. Atualmente, ela está em 13,75% ao ano, sendo a maior desde janeiro de 2017. Como o Comitê de Política Monetária (Copom) não se reunirá mais em 2022, ele continuará neste patamar.
Então, o mercado financeiro faz projeções para o ano que vem. Os economistas subiram a previsão de 11,75%, na semana passada, para 12% ao ano. Já para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8% ao ano, respectivamente.
A próxima reunião do Copom está marcada para 31 de janeiro e 1° de fevereiro de 2023.
Para quem não acompanha o mercado financeiro, o BC usa a taxa Selic para controlar a atividade econômica. Por exemplo, quando a economia caminha para uma recessão, a instituição abaixa o juro para estimular o consumo. Por outro lado, quando o consumo está em alta e provoca uma onda de inflação, o Bacen aumenta o juro para frear o aumento de preços.
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano foi ajustada para 3,04%, frente a 3,05% na semana passada. Para 2023, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - foi mantida em 0,79%. Para 2024 e 2025, o mercado financeiro revisou a expectativa de crescimento do PIB de 1,67% para 1,5% e de 2% para 1,9%, respectivamente.
Já a projeção para a cotação do dólar, a expectativa está em R$ 5,25 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,27, contra R$ 5,26 na semana passada.
*com informações da Agência Brasil
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