Verão será marcado por temperaturas recordes e ondas de calor frequentes, ambas consequências diretas do El Niño. Veja as previsoes para as regiões brasileiras
Pedro Miranda Publicado em 21/12/2023, às 13h31
O verão que começa nesta sexta-feira (22) promete ser um desafio para os brasileiros, com temperaturas acima da média e padrões climáticos atípicos, conforme o Climatempo. A estação mais quente do ano inicia exatamente às 00h27 de sexta-feira e se estenderá até 20 de março, às 00h06.
A influência do El Niño será a protagonista do verão 2023/2024, prevendo temperaturas elevadas, especialmente na parte oeste do Brasil. Estados como Acre, Amazonas, Rondônia, região central do Pará, leste do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul enfrentarão um calor intenso. Além disso, Espírito Santo, Bahia e sul do Piauí também devem registrar termômetros acima da média.
Os efeitos do El Niño se refletirão em chuvas abaixo da média na região amazônica, principalmente nos estados do Amazonas e Pará. Por outro lado, estados das regiões Sul, Sudeste, sul da região Centro-Oeste e parte norte do Nordeste experimentarão chuvas acima da média.
Segundo o meteorologista Gilvan Sampaio, coordenador-geral de Ciências da Terra do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), para o g1, o verão será marcado por temperaturas recordes e ondas de calor frequentes, ambas consequências diretas do El Niño.
Ele alerta que novas ondas de calor podem ser registradas em janeiro no Sudeste e na região central do Brasil, enquanto o Oeste e Sul do país devem enfrentar condições favoráveis entre janeiro e fevereiro.
As chuvas, embora aumentem gradualmente até março, permanecerão abaixo da média na maioria da região. O nível dos rios continuará subindo, mas em ritmo mais lento e com valores mais baixos do que o esperado para o período. Temporais intensos são esperados, principalmente entre janeiro e março, com risco de eventos de chuva excessiva e tempestades.
Na região Sudeste, São Paulo pode enfrentar chuvas persistentes entre fevereiro e março, com a possibilidade de temporais atípicos. Apesar do padrão usual do El Niño desfavorecer as chuvas no Nordeste, as condições oceânicas do Atlântico Tropical podem aumentar a oferta de umidade na região.
No litoral do Sudeste, o calor será mais intenso e constante, especialmente no litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro, com chuvas mais pontuais. Andrea Ramos, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), destacou ao g1 que o pico do El Niño será observado entre dezembro e janeiro, projetando um verão quente e com chuvas intensas.
"De agosto para cá, mensalmente as temperaturas estão ficando acima da média. Até mesmo acima dos meses referentes a 2016. Isso mostra uma tendência de um verão com termômetros elevados", afirma Ramos, destacando a perspectiva de um verão desafiador do ponto de vista climático para os próximos meses.
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