Segundo dados do IPCA divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (9), o mês de julho obteve maior deflação desde o início da série histórica em 1980; veja
Jean Albuquerque Publicado em 09/08/2022, às 17h59
O mês de julho de 2022 registrou a maior redução da taxa de juros, uma deflação na marca de 0,68%, o que é considerada a menor taxa da série histórica, que foi iniciada em 1980. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (9). Saiba mais detalhes.
Segundo o gerente da Pesquisa, Pedro Kislanov, ouvido pela reportagem da Agência Brasil, o índice obteve queda significativa por conta da redução no preço dos combustíveis. Neste caso, a gasolina teve queda de 15,48%, o etanol teve redução de 11,38% e o gás veicular ficou 5,67% mais barato.
Kislanov ressalta que “a Petrobras, no dia 20 de julho, anunciou uma redução de 20 centavos no preço médio do combustível vendido para as distribuidoras. Além disso, tivemos também a Lei Complementar 194/22, sancionada no final de junho, que reduziu o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações”.
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Ainda de acordo com o gerente, a redução que afetou positivamente o preço dos combustíveis produziu uma queda de 4,51% no grupo de transportes, obtendo também um reflexo na habitação, que conseguiu ter queda de 1,05%, além da redução de 5,78% na conta de energia elétrica.
Com a aprovação da redução da alíquota do ICMS, outros serviços, como o de energia elétrica, também tiveram redução com a aprovação das Revisões Tarifárias Extraordinárias de dez distribuidoras, reduzindo as tarifas a partir de 13 de julho, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
De acordo com o IBGE, a queda do IPCA (deflação) foi promovida pela redução no preço dos combustíveis. Contudo, o preço das passagens aéreas obteve alta de 8,02% no mês e de 77,68% no acumulado de 12 meses.
“Os preços vêm subindo desde abril, o que está relacionado ao aumento do querosene de aviação, à variação cambial, já que houve uma valorização do dólar frente ao real, e um aumento na demanda, com a retomada do setor de serviços com a melhora no cenário da pandemia, em especial alguns serviços ligados ao turismo”, destacou Kislanov, também em publicação da Agência Brasil.
Segundo o levantamento, também houve desaceleração no grupo de vestuários provocado pela queda no preço do algodão. O grupo passou de 1,67% para 0,58% no mês.
O grupo de saúde e cuidados pessoais também teve queda e desacelerou de 1,24%, em junho, para 0,49% em julho, puxado pela variação de preço nos planos de saúde, além da queda de 0,23% dos itens de higiene pessoal. Veja mais reduções:
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