Além das 500 vagas que já eram previstas, o BC confirma que oportunidades poderão chegar a 2 mil.
Redação Publicado em 22/06/2009, às 12h30
O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Sérgio Belsito, confirmou, nesta última semana, que haverá concurso para o órgão com 500 oportunidades para técnicos e analistas. A confirmação ocorreu em uma palestra na Central de Concursos, em que as dúvidas dos interessados foram esclarecidas, tais como as remunerações, vagas, benefícios e plano de carreira.
De acordo com o presidente, a necessidade da seleção deve-se ao grande número de servidores que deverão se aposentar nos próximos três anos. “Até o final do ano serão 800 aposentados, entretanto, as aposentadorias devem chegar a aproximadamente 2 mil. Este número representa cerca de 45% do quadro de funcionários do BC. O órgão não poderá funcionar se não houver concurso”, relata.
O preenchimento dessas vagas deverá ser por meio de um plano plurianual criado pelo banco para que a substituição de funcionários ocorra paulatinamente. Entretanto, o primeiro edital já está em andamento e a previsão é de que seja publicado até outubro. A organizadora ainda não foi definida.
Vagas – Para o cargo de técnico (nível médio) haverá 150 oportunidades e o salário inicial será de R$ 4,2 mil. Já para analista (nível superior), será de R$ 12 mil. Belsoti ressaltou que, em junho de 2010, os vencimentos passarão por um reajuste que ainda está sendo discutido pelo órgão. As vagas serão destinadas principalmente para o Distrito Federal (sede do banco), Rio de Janeiro, pois há carência de vagas, e São Paulo por ser a sede da fiscalização. Porém, outras cidades, onde há representação do Banco Central, poderão ser contempladas.
Benefícios – Além dos altos vencimentos, os aprovados terão vários benefícios como auxílio alimentação, que atualmente está no valor de R$ 126, mas deverá passar a R$ 18 por dia; plano de saúde que poderá beneficiar também os dependentes; programa de qualidade de vida e um programa de pós- graduação e doutorado. “O BC proporciona que os funcionários evoluam na carreira, há uma universidade corporativa, a Unibacen, em que são oferecidos cursos de línguas, programa de pós- graduação, doutorado, ensino à distância e até mesmo cursos no exterior”, afirma. De acordo com o presidente, as promoções são constantes e ocorrem por tempo de serviço. Geralmente em dois anos, os funcionários já são promovidos.
Funcionários – Na palestra participaram também dois analistas do BC, Fabiano Alberton e Daro Piffer. Os funcionários relataram as atribuições do cargo, os benefícios e deram dicas para os candidatos. Fabiano é ex-professor do Rio de Janeiro e mudou-se para São Paulo após ser aprovado no concurso. Com 25 vagas, ele ficou em 10º lugar. “Para quem é aprovado, além de conseguir a estabilidade, segurança e tranquilidade, há a possibilidade de crescer. Mesmo com a crise”, diz. De acordo com Piffer, o salário máximo que o cargo de analista pode atingir atualmente é de R$ 16 mil, porém, está previsto um reajuste, e os vencimentos máximos poderão chegar a R$ 17,5 mil.
Dicas de Estudos - Carlos Henrique do Rego, tecnólogo que atualmente está desempregado, já se prepara para o concurso do BC. Ele irá prestar para técnico e está se baseando na seleção anterior. “Já estou fazendo um curso preparatório e estudando bastante. A minha expectativa é ter a tão sonhada estabilidade e o salário também é muito atrativo”, afirma.
Para Daro Piffer, os candidatos já devem iniciar seus estudos baseando se no edital anterior. “Os candidatos devem se dedicar a área de matemática e finanças, além de redação”, relata. As provas para ambos os cargos ocorrerão no mesmo dia e horário, o que impedirá que os candidatos prestem para as duas funções.
Segundo Belsoti, a vantagem do concurso, além dos benefícios e salários, é que não há a exigência de uma profissão específica. “Todos podem concorrer, mas, provavelmente haverá uma modificação na exigência de técnico em breve”, diz. Atualmente exige-se o nível médio, porém a previsão é que seja necessário que os candidatos tenham nível superior nas próximas seleções.
Samantha Cerquetani/SP
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