Estatal ainda convocou 19 mil aprovados do último concurso para realização dos testes físicos. Especialista dá dicas para que os futuros concursandos cheguem em plena forma para a prova
Redação Publicado em 05/12/2012, às 13h56
Mais um passo foi dado no processo para a realização do novo concurso da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos: a empresa iniciou a convocação de 19 mil aprovados remanescentes do concurso anterior para a realização da avaliação da capacidade física laboral para os candidatos aos cargos de carteiro e operador de triagem e transbordo. Com essa etapa definida, a empresa poderá concluir o levantamento do número de vagas do próximo edital.
A convocação é para candidatos da Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Os concursandos que forem considerados serão contratados e participarão do curso de formação.
Até março – Com o esgotamento do cadastro reserva do último concurso, os Correios devem focar no edital prometido para o primeiro trimestre de 2013. Segundo a empresa deverão ser oferecidas oportunidades apenas nas regiões onde houver demanda após esta última convocação.
O quantitativo de vagas depende do levantamento de quantos candidatos atenderão às convocações deste ano, quando a estatal tem aval do Ministério do Planejamento para contratar 3.302 servidores. De acordo com o cronograma definido pelo Planejamento, deverá haver o preenchimento de mais 3.301 vagas a partir de janeiro próximo e mais 3.301 em abril de 2013.
Estão confirmadas oportunidades para as carreiras de carteiro, operador de triagem e transbordo (OTT) e atendente comercial. Para concorrer a qualquer um destes postos, os interessados devem possuir formação de nível médio completo. Para esse grupo, a remuneração inicial é de R$ 1.004.03, mais benefícios como vale-alimentação de R$ 27 por dia, vale cesta básica (R$ 150), plano medicamento, auxílio-creche, assistência médica e odontológica, plano de carreira e possibilidade de desenvolvimento profissional.
Embora o foco seja nas funções de nível médio, os Correios não descartam a possibilidade de abrir seleção também para cargos de nível superior.
Tome fôlego – Além da preparação para a prova escrita, os candidatos aos cargos de carteiro e operador de triagem e transbordo também passam por prova de capacidade física. O exame tem caráter eliminatório e é composto por teste de barra fixa, corrida e dinamometria, com graus de esforço diferentes para homens e mulheres. Diante de uma maratona como essa, o concursando não pode se deixar abater.
Elon Junior, educador físico e autor do livro “Preparação Física para Concursos” (editora Campus/Elsevier), recomenda que a preparação do candidato comece de três a seis meses antes da prova. O primeiro passo é consultar um cardiologista e fazer um check-up: “A consulta permitirá, através de um teste de esforço, identificar o nível de condicionamento físico e problemas cardiovasculares, além de [pedir] um hemograma completo que avaliará o perfil do metabolismo, onde mostrará os níveis de glicose, colesterol e triglecerídio do candidato”. O professor ainda recomenda a consulta a um ortopedista, que poderá avaliar a estrutura óssea e articular, como coluna, ombros e joelhos.
Com o ok desses profissionais, é hora de escalar um educador físico especializado em concursos: ele poderá estabelecer um treino compatível com o condicionamento do concursando e com as determinações do edital. “Procure um profissional que entenda de ganho de perfomance para concurso, pois saber como uma banca cobra é fundamental, já que existe uma padronização para a execução de cada teste. Isso significa que um candidato pode até ter força e resistência para executar os exercícios, mas se estiver fora do padrão exigido no edital, a banca não considerará. Exemplos clássicos de erros nesses testes são cometidos no abdominal remador e barra fixa”, explicou o professor.
Além do condicionamento físico, o educador físico irá considerar o histórico de prática de atividade física, gênero e tempo disponível do candidato para a prática da atividade física. “O erro clássico é deixar para treinar somente após a aprovação na parte teórica e a convocação para o exame. Isso faz com que o profissional tenha que intensificar os treinos e isso aumenta a probabilidade de lesão”, observa. Por fim, segundo Elon, é fundamental treinar nos horários diurnos porque as temperaturas elevadas interferem na avaliação.
Aline Viana/SP