A expectativa inicial do órgão era abrir as seleções ainda neste semestre. Se aprovadas, as ofertas contemplarão os cargos de agente de polícia, escrivão, agente administrativo, delegado e papiloscopista.
Redação Publicado em 12/04/2011, às 11h47
A Polícia Federal (PF) depende da aprovação da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para seguir com os trâmites referentes aos seus próximos concursos. Os pedidos de abertura de 1.352 vagas encontram-se no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e deverão passar por uma análise rigorosa: a avaliação irá considerar o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento Geral da União e a necessidade do órgão em contratar novos servidores.
A assessoria de imprensa no Ministério da Justiça, ao qual a Polícia Federal é vinculada, já havia revelado ao JC&E que pretendia lançar os editais no primeiro semestre deste ano, mas o prazo foi desconsiderado. Conforme a assessoria do MPOG informou na última semana, “não há novidades sobre os concursos, pois a ministra ainda está analisando caso a caso”.
Se os pedidos da PF forem acatados por completo, as oportunidades ficarão distribuídas da seguinte maneira: 396 chances de agente de polícia, 362 de escrivão, 328 de agente administrativo, 150 de delegado e 116 de papiloscopista.
Requisitos e salários – O cargo de agente administrativo exigirá a conclusão do nível médio. O vencimento pago aos profissionais que ocupam este posto atualmente não foi divulgado, mas é possível ter uma ideia com base na tabela de remuneração dos servidores federais de 2010, em que o valor correspondia a R$ 2.988,44 (já com as gratificações).
Os interessados em seguir a carreira de delegado terão que comprovar o nível superior completo em direito. Neste caso, o salário previsto é de R$ 13.368,68.
As demais funções (agente de polícia, escrivão e papiloscopista) poderão ser disputadas por candidatos com o nível superior completo em qualquer área. Para este grupo, o vencimento previsto é de R$ 7.514,33.
Prioridade – Antes de o corte no Orçamento Geral da União ser anunciado, o órgão revelou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a intenção era selecionar primeiro os agentes administrativos – vale destacar que este cargo dispensa curso de formação, o que acelera a posse dos aprovados. Os editais com chances para delegado, escrivão, agente de polícia e papiloscopista seriam lançados posteriormente (tendo prioridade as seleções para agente de polícia e papiloscopista).
Flávio Fernandes/SP
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A Polícia Federal tem origem em 10 de maio de 1808, quando a Intendência-Geral de Polícia da Corte e do Estado do Brasil foi criada, por D. João VI. O órgão tinha as mesmas atribuições que tinha em Portugal. Com o decreto 6.378, de 28 de março de 1944, a antiga Polícia Civil do Distrito Federal, que funcionava no Rio de Janeiro, no governo de Getúlio Vargas, foi transformada em Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP), subordinado ao Ministério da Justiça e Negócio Interiores. Posteriormente, em 13 de junho de 1946, com o decreto-lei 9.353, foi atribuída competência ao DFSP, em todo território nacional, para serviços de polícia marítima, área de fronteiras e apurações de diversas infrações penais.