Comissão da Câmara de Deputados analisou problemas de atraso e extravio de correspondências entre 2009 e 2010 e concluiu que a principal causa foi a falta de carteiros e operador de triagem
Redação Publicado em 14/12/2011, às 14h59
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) passou por períodos turbulentos nos últimos dois anos, sendo os principais problemas para a população o atraso e o extravio de correspondências. Atentos a essas questões, os membros da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, da Câmara dos Deputados, iniciaram uma fiscalização e decidiram recomendar ao Ministério das Comunicações que realize concurso público nacional para a instituição no período de seis meses.
O relatório aprovado, de autoria do deputado Ademir Camilo (PSD/MG), acatou a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU), cuja auditoria identificou como principal fator para o atraso de entregas, no período entre 2009 e 2010, a falta de pessoal, principalmente carteiros e operadores de triagem. O TCU alega que o atraso no concurso, já autorizado, não se justifica – o processo seletivo ficou paralisado por cerca de um ano devido a problemas com as empresas contratadas.
Outro lado – Procurados, os Correios, por meio de sua assessoria de imprensa, ressaltaram a abertura de concurso este ano para 9.190 vagas e que, do total de aprovados, 7.500 já foram convocados. Segundo a nota, a empresa ainda estuda, diante da necessidade, ampliar o número de vagas para o ano que vem – porém, ainda não está definido se haverá lançamento de um novo edital para o preenchimento destas oportunidades ou apenas a convocação dos remanescentes.
Aline Viana
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Os Correios tiveram sua origem no Brasil em 25 de janeiro de 1663, com a criação do Correio-Mor no Rio de Janeiro, então capital da Colônia. Em 1931 o decreto 20.859, de 26 de dezembro de 1931 funde a Diretoria Geral dos Correios com a Repartição Geral dos Telégrafos e cria o Departamento dos Correios e Telégrafos. A ECT foi criada a 20 de março de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério das Comunicações mediante a transformação da autarquia federal que era, então, Departamento de Correios e Telégrafos (DCT). Nos anos que se seguiram, vários serviços foram sendo incorporados ao portfólio da empresa.
Além dos tradicionais serviços de cartas, malotes, selos e telegramas, entre os novos serviços podem ser destacados os pertencentes à família Sedex, serviço de encomendas expressas. Impulsionados pelas mudanças tecnológicas, econômicas e sociais, os Correios iniciaram em 2011 um profundo processo de modernização. Com a sanção da Lei 12.490/11, a empresa teve seu campo de atuação ampliado e foi dotada de ferramentas modernas de gestão corporativa para enfrentar a concorrência. Com a nova lei, os Correios podem atuar no exterior e nos segmentos postais de serviços eletrônicos, financeiros e de logística integrada; constituir subsidiárias, adquirir controle ou participação acionária em empresas já estabelecidas e firmar parcerias comerciais que agreguem valor a sua marca e a sua rede de atendimento.
Ao todo são mais de cem produtos e serviços oferecidos pela maior empregadora do Brasil (no início de 2008 com mais de 109 mil empregados próprios, além dos terceirizados), sendo a única empresa a estar presente em todos os municípios do país, com uma vasta rede de unidades próprias e franqueadas. Diversos dos produtos e serviços da ECT podem ainda ser adquiridos pela internet.