Próximo concurso abrirá 1.000 vagas na instituição

Fiocruz aguarda a autorização do Ministério do Planejamento. Edital já está sendo elaborado.

Redação   Publicado em 18/01/2010, às 11h02

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição vinculada ao Ministério da Saúde, já se prepara para lançar um novo processo seletivo muito em breve. A próxima seleção oferecerá mil oportunidades para profissionais de níveis médio e superior.


Segundo o diretor de recursos humanos do órgão, Juliano de Carvalho Lima, o Ministério do Planejamento atendeu ao pedido de abertura de concurso feito pela fundação, mas o novo processo seletivo ainda precisa ser oficializado.

Agora, o órgão aguarda a autorização do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que será divulgada no Diário Oficial da União. “A expectativa é que a publicação da portaria ocorra ainda neste mês de janeiro”, ressalta Lima.

De acordo com o diretor, a previsão inicial é que o edital do concurso seja lançado entre o fim de janeiro e o início de fevereiro. Para tanto, membros do conselho deliberativo da Fiocruz já formaram a comissão que supervisionará a realização do processo seletivo. “Atualmente, a comissão finaliza a distribuição interna das vagas por unidade e atua também na elaboração do edital”, explica.

     

Cargos e salários – As chances serão para seis carreiras diferentes: especialista em ciência, tecnologia, produção e inovação em saúde pública (nível superior – doutorado); pesquisador em saúde pública (nível superior – mestrado); analista de gestão em saúde (nível superior); tecnologista em saúde pública (nível superior); técnico em saúde pública (nível técnico) e assistente técnico de gestão em saúde (nível médio).

Haverá 30 vagas para especialista, 100 para pesquisador, 298 para analista, 380 para tecnologista, 142 para técnico e 50 para assistente.

Para especialista e pesquisador, atividades que exigem conclusão de doutorado e mestrado, as remunerações básicas corresponderão, respectivamente, a R$ 5.558,82 e R$ 3.475,87. Já as carreiras de analista e tecnologista, ambas de nível superior, contarão com vencimento inicial de R$ 3.048,03. Por fim, os futuros técnicos e assistentes da Fiocruz receberão salário básico de R$ 1.678,28.

A instituição ainda oferece benefícios de transporte e  alimentação, assistência pré-escolar, ressarcimento de plano de saúde complementar, entre outros.  

De acordo com Lima, as ofertas de trabalho serão para atuação em todos os Estados em que a fundação já está presente: Rio de Janeiro (sede), Amazonas, Bahia, Minas Gerais e Pernambuco, além do Distrito Federal. No entanto, o órgão vem passando por um processo de nacionalização e deve inaugurar, em breve, outras unidades nos Estados do Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí e Rondônia. Desta forma, estas vagas também serão distribuídas entre os novos locais de atuação. 

Demanda – Segundo o diretor de RH da fundação, o quantitativo de trabalhadores terceirizados na Fiocruz é elevado em comparação ao número de profissionais concursados. “Por isso, os concursos vêm reforçando o quadro de servidores. Na seleção de 2010, cerca de 700 trabalhadores contratados deverão ser substituídos por funcionários próprios”, relata Lima.

Já as outras 300 vagas preencherão novos cargos que foram implementados para que a instituição cumpra algumas demandas do Ministério da Saúde, como o programa denominado PAC da saúde. “Além disso, a implantação de novas tecnologias e processos justifica o aumento de 300 vagas para atender ao processo de expansão da Fiocruz”.

Há ainda expectativa de que a Fiocruz abra mais postos de trabalho futuramente. Isto porque, segundo Lima, o termo de ajuste de condutas – assinado entre a fundação, o Ministério da Saúde e o Ministério do Planejamento– concluiu que a Fiocruz poderia abrir três mil novas vagas graças ao longo período sem renovação no seu quadro de servidores.

O processo seletivo realizado em 2006 ofereceu mil oportunidades, mas convocou 1.500 profissionais, restando, assim, outras 1.500 chances a serem preenchidas no órgão. O diretor ressalta também que outras 463 novas vagas devem ser acrescentadas no cálculo, totalizando 1.963 ofertas. Estas 463 chances fariam a reposição das perdas com aposentadorias, exonerações e falecimentos de servidores nos últimos anos. “Após o concurso de 2010, que oferecerá mil ofertas, cerca de mil vagas ainda deverão ser preenchidas. Futuramente, a instituição deverá solicitar um novo concurso ao ministérios do Planejamento e da Saúde”, completa.

Seleção anterior – Em 2006, a Fiocruz ofereceu mil oportunidades para profissionais de níveis médio e superior. As vagas estavam distribuídas entre os cargos de técnico (180 vagas), analista (213), tecnologista (457) e assistente de pesquisa (150).

Havia chances para diversas áreas de atuação, como arquitetura, biblioteconomia, bioquímica, medicina, comunicação, química de produtos, segurança do trabalho, informática, entre outras.

Os candidatos às vagas de analista, tecnologista e pesquisador passaram por avaliação objetiva de português, conhecimentos específicos e sobre o perfil do cargo. Já os inscritos às chances de técnico foram submetidos a exame objetivo de língua portuguesa, matemática e conhecimentos específicos. Houve também prova prática, avaliação de currículo e títulos e defesa de memorial, de acordo com o cargo pretendido.

As remunerações oferecidas pela fundação variavam de R$ 1.266,98 (técnico) a R$ 3.753,38 (assistente de pesquisa com doutorado). 

Talita Fusco/SP

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