Órgão aguarda o aval do Planejamento para abrir 1.352 oportunidades. Chances serão para agente administrativo, papiloscopista, escrivão, delegado e agente de polícia.
Redação Publicado em 13/12/2010, às 11h00
O próximo ano deverá ser positivo para aqueles que desejam ingressar na Polícia Federal (PF), órgão vinculado ao Ministério da Justiça. A previsão é que a instituição possa lançar novos editais para cinco carreiras, que totalizarão 1.352 oportunidades.
Todas as solicitações já estão no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), responsável por dar o aval para a abertura de processos seletivos na esfera federal e que será comandado, no governo de Dilma Roussef, por Miriam Belchior.
Segundo fontes ligadas ao Planejamento, as portarias autorizando a Polícia Federal a realizar concursos deverão ser publicadas em 2011. Só após as autorizações é que a PF deverá formalizar o contrato com a empresa organizadora escolhida e lançar os editais.
Distribuição – As 1.352 futuras chances serão para as atividades de papiloscopista (116), agente de polícia (396), delegado (150), escrivão (362) e agente administrativo (328). Dos cargos anunciados, apenas o de agente administrativo pede o ensino médio completo e, como consta na tabela de remuneração dos servidores federais de 2010, tem salário, já somadas as gratificações, de R$ 2.988,44.
As outras quatro atividades requerem a formação superior. Para delegado, é preciso ser formado em direito, enquanto as outras funções exigem curso superior em qualquer área. Os vencimentos previstos correspondem a R$ 7.514,33 (agente, papiloscopista e escrivão) e a R$ 13.368,68 (delegado).
O que deve sair primeiro – Segundo informações recentes da assessoria de imprensa da PF, como o processo para abertura das vagas de agente administrativo já tramita há algum tempo no Planejamento, a meta é lançar o edital para esta carreira assim que o aval do ministério sair. De acordo com a assessoria, a expectativa é que os aprovados na seleção tomem posse rapidamente, já que o cargo não prevê a frequência em curso de formação.
A ideia é promover os outros quatro concursos – papiloscopista, agente de polícia, delegado e escrivão – em 2011, mas terão prioridade as seleções de agente e papiloscopista. Os processos seletivos para delegado e escrivão deverão ser lançados posteriormente.
Concursos anteriores – Em 2009, a PF realizou duas seleções para preencher 600 ofertas de agente de polícia e escrivão. Do total de vagas, 200 eram para agente e 400 para escrivão. Além da graduação completa em qualquer curso, também foi necessário possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH), no mínimo categoria B.
Organizado pelo Cespe/UnB, a taxa para as duas carreiras custou R$ 110. Estavam previstos exames objetivo e discursivo, testes físico, médico e psicológico, além de curso de formação e investigação social.
Na prova objetiva para agente de polícia, foi cobrado conhecimento em 12 disciplinas: português, informática, atualidades, raciocínio lógico, administração, microeconomia, contabilidade geral, legislação especial e direito (penal, processual penal, administrativo e constitucional).
Talita Fusco/SP
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A Polícia Federal tem origem em 10 de maio de 1808, quando a Intendência-Geral de Polícia da Corte e do Estado do Brasil foi criada, por D. João VI. O órgão tinha as mesmas atribuições que tinha em Portugal. Com o decreto 6.378, de 28 de março de 1944, a antiga Polícia Civil do Distrito Federal, que funcionava no Rio de Janeiro, no governo de Getúlio Vargas, foi transformada em Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP), subordinado ao Ministério da Justiça e Negócio Interiores. Posteriormente, em 13 de junho de 1946, com o decreto-lei 9.353, foi atribuída competência ao DFSP, em todo território nacional, para serviços de polícia marítima, área de fronteiras e apurações de diversas infrações penais.