O concurso deve preencher vagas remanescentes da seleção anterior.
Redação Publicado em 16/03/2009, às 14h06
Os interessados em conquistar uma vaga na Polícia Civil do Estado de São Paulo terão, em breve, mais uma ótima oportunidade, já que um novo edital para o cargo de investigador de polícia está previsto para ser publicado. Recentemente, a corporação definiu a comissão que será responsável pelo concurso, mas ainda não divulgou o cronograma da seleção.
A grande novidade, no entanto, ficará por conta da escolaridade que será exigida dos candidatos: nível superior. Isso porque, até então, bastava a conclusão do ensino médio para concorrer ao cargo. Porém, no final do ano passado, o governador do estado, José Serra, sancionou a lei complementar 1.067 que modificou a escolaridade das funções de investigador e escrivão de polícia.
De acordo com a justificativa apresentada no projeto de lei, a exigência da graduação era uma antiga reivindicação da Polícia Civil e a mudança da escolaridade contribuiria para a melhoria da prestação dos serviços de segurança pública, beneficiando a comunidade paulista.
O novo concurso para investigador tem o objetivo de preencher as vagas remanescentes do último concurso realizado. Em 2008, a Polícia Civil publicou edital para o preenchimento de 1.449 vagas, entretanto, dos mais de 67 mil candidatos que realizaram a prova preambular, apenas 390 foram aprovados para as etapas seguintes. Esse número representa 0,58% do total de pessoas que compareceram à avaliação, e o resultado causou bastante controvérsia entre os concorrentes.
Polêmica
Para ser aprovado na prova preambular, era necessário que o candidato acertasse 50% das questões de cada disciplina cobrada (Língua Portuguesa, Noções de Direito, Noções de Criminologia, Atualidades, Lógica e Informática). Segundo um gráfico com as estatísticas da prova, divulgado pela Polícia Civil, 30,39% daqueles que realizaram a prova foram reprovados em uma ou mais disciplinas e 29,93% reprovaram em todas.
Na semana em que os resultados foram divulgados, leitores do Jornal dos Concursos & Empregos entraram em contato com a redação e reclamaram do nível de dificuldade da prova. “A prova foi dificílima. O grau de conhecimento cobrado na avaliação foi de nível superior, para um cargo que requer o ensino médio do candidato”, revelou um leitor que preferiu não se identificar.
O caso foi relatado ao Ministério Público de São Paulo, que investiga suspeitas de fraude no concurso.
Opinião dos internautas - Em uma enquete realizada em nosso site (www.jcconcursos.com.br), o assunto também gerou polêmica. Durante 15 dias de votação, nos quais os participantes puderam opinar sobre o futuro do concurso, a enquete registrou um número recorde de votos: 40 mil. Mas o que mais chamou a atenção foi a disputa entre aqueles que pediam o cancelamento do concurso (42% dos votos) e os que defendiam sua continuidade (47%).
Concurso
Além da prova preambular (objetiva), os aprovados ao cargo de investigador passam, ainda, por mais duas etapas de provas - escrita e oral – e pelos testes de aptidões psicológica e física.
O salário oferecido foi de R$ 1.729,82 e a taxa de inscrição custou R$ 32,74.
Juliana Pronunciati/SP