Confira, ainda, dicas para ter sucesso nas provas
Redação Publicado em 25/11/2008, às 15h19
Alessandra Santos Duarte é um exemplo de que é possível mudar completamente de carreira e ter satisfação no novo trabalho. Graduada em Letras em 1998, ela chegou a trabalhar na área por um pequeno período, mas, ainda na faculdade, começou a prestar concursos.
Alessandra passou no exame do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT/SP) e começou a trabalhar em 1999 como Técnica Judiciária (nível médio completo). Pouco depois, surgiu a oportunidade de fazer a prova para o cargo de Analista Judiciário no setor administrativo do próprio Tribunal, cargo cujo requisito é possuir graduação superior em qualquer área. Ela decidiu prestar o concurso, foi aprovada e, hoje, atua na Secretaria da 4ª turma do TRT/SP. “Estou satisfeita com o meu trabalho e gosto das minhas atribuições aqui dentro”, afirma Alessandra.
Em julho de 2006, Fernanda Bueno formou-se em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas) e, desde então, presta concursos. Em 2008, foi aprovada no exame da Procuradoria Geral do Município de Belo Horizonte (MG) e está trabalhando há três meses como Assistente de Procuradoria. No entanto, sua rotina de estudos não foi interrompida, pois a jornalista deseja conquistar um emprego melhor e que lhe garanta mais satisfação profissional, um bom plano de carreira e um salário melhor. Nesse momento, ela se prepara para fazer várias provas, algumas que exigem formação superior em qualquer área. “Vou prestar os concursos da Comissão de Valores Imobiliários (CVM), do Ibama e também da Agência Nacional das Águas (ANA)”, conta.
A escolha por esse tipo de processo ocorreu devido à escassez de vagas voltadas à área de comunicação. “Quando surgem concursos com oportunidades na minha área, são oferecidas uma ou, no máximo, três vagas para o cargo”, explica Fernanda.
E o medo de não gostar do futuro trabalho? Fernanda tem e, por isso, procura conhecer as atribuições do cargo no edital, além de buscar informações sobre a instituição em que pretende atuar. Para ela, a insegurança é natural e convive simultaneamente com uma sensação boa. “Há uma expectativa de aprender algo completamente diferente e quem sabe até gostar mais do que aquilo que eu pensava querer fazer para o resto da vida”, completa.
Os estudos
Atualmente, Fernanda divide seu tempo entre o trabalho e o curso preparatório, além de reservar duas horas de seu dia para estudar sozinha. Para o concurso da CVM, por exemplo, ela admite que precisará se dedicar mais aos estudos, especialmente porque tem dificuldade em aprender Contabilidade. “Se forem criadas turmas específicas para esse concurso no meu cursinho, vou assistir às aulas direcionadas. Também posso procurar um material de fácil compreensão para estudar em casa. Outra opção é resolver muitos exercícios, o que ajuda a assimilar a informação”, ressalta.
O diretor do Obcursos, professor J. Wilson Granjeiro, ainda aponta a Internet e a consulta a um professor experiente como alternativas válidas para se conseguir os materiais de estudo. Para ele, o êxito em concursos que não especificam a área de formação depende do hábito de estudos do candidato. “Os aprovados são aqueles com uma rotina de operário do estudo, ou seja, concurseiros que sabem elaborar uma redação, que têm uma boa compreensão de texto e que têm o costume de ler”, afirma.
Arlindo Felipe Júnior, diretor do Grupo Soma (especializado em Gestão de Pessoas), enxerga uma boa chance nesse tipo de concurso. “Eles são uma oportunidade para desenvolvermos aptidões que não conhecemos ou não temos experiência”, completa.