Bolsonaro anuncia demissão do presidente dos Correios

Presidente Jair Bolsonaro fez anúncio sobre Juarez Aparecido Cunha em café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto

Camila Diodato   Publicado em 14/06/2019, às 14h33 - Atualizado às 16h28

Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira (14), durante encontro com jornalistas no Palácio do Planalto que vai demitir o presidente dos Correios, Juarez Aparecido Paula Cunha. O fato ocorre uma semana depois que o chefe da estatal reclamou, em audiência pública na Comissão de Legislação Participativa Câmara dos Deputados, a medida de entregar a empresa para a iniciativa privada.

Sobre sua decisão, Bolsonaro comentou: "Ele se comporta com um sindicalista". O presidente da República ainda criticou o fato de Cunha ter tirado fotos com opositores e sindicalistas na audiência.

Bolsonaro também disse que, no momento, não definiu um substituto para o comando dos Correios. Mas ele avalia a possibilidade colocar o general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz , que foi demitido da Secretaria de Governo e substituído pelo general Luiz Eduardo Ramos.

No encontro, fora a demissão de Cunha, o presidente também abordou mais de 15 temas, entre eles homofobia, celular sem proteção e Reforma da Previdência. 

Privatização dos Correios

Em abril, o chefe de governo havia autorizado os estudos para a privatização dos Correios. E este assunto ganhou força na última semana, quando ele voltou a falar sobre isso em publicação no Twitter.


O general Juarez Cunha estava na presidência dos Correios desde novembro do ano passado, na gestão o ex-presidente Michel Temer. Ele defende que a instituição permaneça pública, tanto que no feriado de Páscoa escreveu em rede social que: "Temos argumentos para demonstrar porque é importante para o país manter a empresa pública, inclusive apresentando casos mal sucedidos de privatização de correios pelo mundo".


Vale lembrar que, com 356 anos de existência, os Correios são uma empresa subordinada ao atual Ministério das Comunicações, Ciência, Tecnologia e Inovação. Um dos motivos para a sua desestatização após uma série de prejuízos no período de 2013 e 2016.

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Sobre Correios

Os Correios tiveram sua origem no Brasil em 25 de janeiro de 1663, com a criação do Correio-Mor no Rio de Janeiro, então capital da Colônia. Em 1931 o decreto 20.859, de 26 de dezembro de 1931 funde a Diretoria Geral dos Correios com a Repartição Geral dos Telégrafos e cria o Departamento dos Correios e Telégrafos. A ECT foi criada a 20 de março de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério das Comunicações mediante a transformação da autarquia federal que era, então, Departamento de Correios e Telégrafos (DCT). Nos anos que se seguiram, vários serviços foram sendo incorporados ao portfólio da empresa.

Além dos tradicionais serviços de cartas, malotes, selos e telegramas, entre os novos serviços podem ser destacados os pertencentes à família Sedex, serviço de encomendas expressas. Impulsionados pelas mudanças tecnológicas, econômicas e sociais, os Correios iniciaram em 2011 um profundo processo de modernização. Com a sanção da Lei 12.490/11, a empresa teve seu campo de atuação ampliado e foi dotada de ferramentas modernas de gestão corporativa para enfrentar a concorrência. Com a nova lei, os Correios podem atuar no exterior e nos segmentos postais de serviços eletrônicos, financeiros e de logística integrada; constituir subsidiárias, adquirir controle ou participação acionária em empresas já estabelecidas e firmar parcerias comerciais que agreguem valor a sua marca e a sua rede de atendimento.

Ao todo são mais de cem produtos e serviços oferecidos pela maior empregadora do Brasil (no início de 2008 com mais de 109 mil empregados próprios, além dos terceirizados), sendo a única empresa a estar presente em todos os municípios do país, com uma vasta rede de unidades próprias e franqueadas. Diversos dos produtos e serviços da ECT podem ainda ser adquiridos pela internet.

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