Concurso Funai (Fundação Nacional do Índio) será para 776 contratos temporários de profissionais da área de proteção etnoambiental
Fernando Cezar Alves | fernando@jcconcursos.com.br Publicado em 22/09/2021, às 12h45 - Atualizado às 14h27
O novo concurso Funai (Fundação Nacional do Índio), autorizado na última terça-feira, 21 de setembro, para o preenchimento de 776 vagas, em caráter temporário, deverá ter seu edital publicado já no decorrer dos próximos dias. A confirmação foi feita pela assessoria de imprensa da Fundação. As contratações serão para atuar em barreiras sanitárias e postos de controle de acesso para prevenção da Covid 19 em áreas indígenas. Os interessados devem ficar atentos.
A seleção será para provimento em três cargos, todos na área de proteção etnosocial. De acordo com a autorização do concurso, as contratações já poderão ser feitas, por meio de processo seletivo, em caráter imediato. Desta forma, o edital de abertura de inscrições já pode ser publicado pela instituição. Remunerações e exigências para ingresso ainda não foram anunciadas, o que deve ocorrer com a liberação do edital.
De acordo com o aval, a distribuição das vagas será por três cargos, da seguinte forma:
Embora não esteja confirmado, a expectativa é de que para o cargo de agente seja exigido ensino médio, enquanto para chefes e supervisores, a necessidade seja de nível superior.
De acordo com a assesossoria, as contratações serão nos seguintes estados:
De acordo com a portaria, as contratações deverão ser feitas pelo período de seis meses, com possibilidade de prorrogação, de acordo com as necessidades, por um prazo de até dois anos.
Além do novo aval para temporários, a realização de um concurso Funai para efetivos também segue em pauta. No primeiro semestre, o órgão confirmou a intenção de solicitar, ao Ministério da Economia, aval para o preenchimento de 1.043 postos, para cargos de níveis médio e superior, com remunerações iniciais de até R$ 6.420,87. Porém, a distribuição das oportunidades pelos postos ainda não foi confirmada.
No caso de ensino médio, o pedido será para os cargos de técnico em contabilidade e agente em indigenismo.
Para nível superior, administrador, antropólogo, arquiteto, arquivista, assistente social, bibliotecário, contador, economista, enfermeiro, engenheiro, engenheiro agrônomo, engenheiro florestal, estatístico, geógrafo, indigenista especializado, médico, médico veteriário, odontólogo, pesquisador, psicólogo, sociológo, técnico em assuntos educacionais, técnico em comunicação social e zootecnista
O último concurso Funai ocorreu em 2016, para o preenchimento de 220 oportunidades de nível superior para indigenista especializado (202), contador (6), engenheiro agrônomo (5), engenheiro agrimensor (4) e engenheiro civil (3).
Sob a organização da Esaf, o concurso Funai teve 100 questões de múltipla escolha sobre conhecimentos gerais (língua portuguesa, raciocínio lógico e quantitativo, direito constitucional e administrativo, legislação indigenista, informática básica e administração pública) e conhecimentos específicos.
Os participantes também foram submetidos um exame discursivo, que consistiu no desenvolvimento de um estudo de caso sobre matérias integrantes do conteúdo específico de cada cargo. O texto deveria ter entre 45 e 60 linhas.
As avaliações aconteceram nas cidades de Rio Branco/AC, Maceió/AL, Manaus/AM, Tabatinga/AM, São Gabriel da Cachoeira/AM, Macapá/AM, Salvador/BA, Fortaleza/CE, Brasília/DF, Vitória/ES, Goiânia/GO, São Luís/MA, Imperatriz/MA, Belo Horizonte/MG, Campo Grande/MS, Dourados/MS, Cuiabá/MT, Sinop/MT, Belém/PA, Altamira/PA, João Pessoa/PB, Recife/PE, Teresina/PI, Curitiba/PR, Rio de Janeiro/RJ, Natal/RN, Porto Velho/RO, Ji-Paraná/RO, Boa Vista/RR, Porto Alegre/RS, Florianópolis/SC, Aracajú/SE, São Paulo/SP e Palmas/TO.
concursos concursos federais concursos 2024 provas anterioresA Fundação Nacional do Índio é o órgão indigenista oficial do Estado brasileiro. Criada por meio da Lei nº 5.371, de 5 de dezembro de 1967, vinculada ao Ministério da Justiça, é a coordenadora e principal executora da política indigenista do Governo Federal. Sua missão institucional é proteger e promover os direitos dos povos indígenas no Brasil. Cabe à Funai promover estudos de identificação e delimitação, demarcação, regularização fundiária e registro das terras tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas, além de monitorar e fiscalizar as terras indígenas. A Funai também coordena e implementa as políticas de proteção aos povos isolados e recém-contatados. É, ainda, seu papel promover políticas voltadas ao desenvolvimento sustentável das populações indígenas. Nesse campo, a Funaipromove ações de etnodesenvolvimento, conservação e a recuperação do meio ambiente nas terras indígenas, além de atuar no controle e mitigação de possíveis impactos ambientais decorrentes de interferências externas às terras indígenas. Compete também ao órgão estabelecer a articulação interinstitucional voltada à garantia do acesso diferenciado aos direitos sociais e de cidadania aos povos indígenas, por meio do monitoramento das políticas voltadas à seguridade social e educação escolar indígena, bem como promover o fomento e apoio aos processos educativos comunitários tradicionais e de participação e controle social. A atuação da Funai está orientada por diversos princípios, dentre os quais se destaca o reconhecimento da organização social, costumes, línguas, crenças e tradições dos povos indígenas, buscando o alcance da plena autonomia e autodeterminação dos povos indígenas no Brasil, contribuindo para a consolidação do Estado democrático e pluriétnico.