Cargos do pedido para novo concurso Funai são para áreas com exigências de ensino médio e nível superior, com até R$ 6,4 mil
Fernando Cezar Alves | fernando@jcconcursos.com.br Publicado em 16/07/2020, às 12h29 - Atualizado às 14h49
A realização de um novo concurso Funai (Fundação Nacional do Índio) parece cada vez mais próxima. Mais um passo ocorreu na última quarta-feira, 15 de julho, quando o vice-presidente Hamilton Mourão, após o segundo encontro do Conselho Nacional da Amazônia Legal, confirmou que serão iniciados estudos para a realização de seleções para as agências ligadas ao meio ambiente, incluindo Ibama, Incra, Funai e ICMBio.
Em entrevista coletiva, após a reunião, confirmou que o assunto foi discutido,inclusive, com o ministro da Economia, Paulo Guedes. "Esse assunto foi colocado para o ministro.Então o Ministério do Meio Ambiente e demais ministérios irão produzir um estudo a esse respeito. E é óbvio que só temos uma linha de ação: solicitar a abertura de concurso para que possamos contratar mais gente. Agora isso tem que ser estudado com o Ministério da Economia", disse. A intenção é retirar as Forças Armadas de atividades não compatíveis na Amazônia.
No caso da Funai, a fundação enviou solicitação para o Ministério da Economia, para o preenchimento de 826 vagas, destinadas a cargos com exigências de ensino médio e nível superior, com remunerações iniciais de até R$ 6.420,87. A distribuição das oportunidades pelos postos ainda não foi confirmada.
De acordo com a solicitação, no caso de ensino médio, o concurso, caso autorizado, contará com oportunidades para a carreira de agente de indigenismo, com inicial de R$ 5.349,07.
Para nível superior, as carreiras solicitadas são as de administrador, antropólogo, arquiteto, arquivista, assistente social, bibliotecário, contador, economista, engenheiro, engenheiro agrônomo, engenheiro florestal, estatístico, geógrafo, indigenista especializado, médico veterinário, pesquisador, psicólogo, sociólogo, técnico em assuntos educacionais, técnico em comunicação social e zootecnista. Para estas opções, o inicial é de R$ 6.420,87.
O total solicitado é menor que o pedido anterior, encaminhado em 2019. Na ocasião, a expectativa era de preencher 1.908 vagas.
O último concurso Funai ocorreu em 2016, para o preenchimento de 220 oportunidades de nível superior para indigenista especializado (202), contador (6), engenheiro agrônomo (5), engenheiro agrimensor (4) e engenheiro civil (3).
Sob a organização da Esaf, o concurso Funai teve 100 questões de múltipla escolha sobre conhecimentos gerais (língua portuguesa, raciocínio lógico e quantitativo, direito constitucional e administrativo, legislação indigenista, informática básica e administração pública) e conhecimentos específicos.
Os participantes também foram submetidos um exame discursivo, que consistiu no desenvolvimento de um estudo de caso sobre matérias integrantes do conteúdo específico de cada cargo. O texto deveria ter entre 45 e 60 linhas.
As avaliações aconteceram nas cidades de Rio Branco/AC, Maceió/AL,Manaus/AM, Tabatinga/AM, São Gabriel da Cachoeira/AM, Macapá/AM,Salvador/BA, Fortaleza/CE, Brasília/DF, Vitória/ES, Goiânia/GO, São Luís/MA, Imperatriz/MA, Belo Horizonte/MG, Campo Grande/MS, Dourados/MS,Cuiabá/MT, Sinop/MT, Belém/PA, Altamira/PA, João Pessoa/PB, Recife/PE,Teresina/PI, Curitiba/PR, Rio de Janeiro/RJ, Natal/RN, Porto Velho/RO,Ji-Paraná/RO, Boa Vista/RR, Porto Alegre/RS, Florianópolis/SC, Aracajú/SE, São Paulo/SP e Palmas/TO.
O JC Concursos fará a cobertura completa do concurso Funai, em contato com a associação e órgãos responsáveis para a autorização e publicação do edital.
Para auxiliar nos estudos, o JC Concursos liberou provas de diversos níveis escolares, além dos gabaritos para consulta das questões aplicadas. Verifique se a organizadora será a mesma para o novo processo de seleção, direcionando assim, seu estudo para o estilo da banca.
concursos concursos 2023 concursos federais provas anterioresA Fundação Nacional do Índio é o órgão indigenista oficial do Estado brasileiro. Criada por meio da Lei nº 5.371, de 5 de dezembro de 1967, vinculada ao Ministério da Justiça, é a coordenadora e principal executora da política indigenista do Governo Federal. Sua missão institucional é proteger e promover os direitos dos povos indígenas no Brasil. Cabe à Funai promover estudos de identificação e delimitação, demarcação, regularização fundiária e registro das terras tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas, além de monitorar e fiscalizar as terras indígenas. A Funai também coordena e implementa as políticas de proteção aos povos isolados e recém-contatados. É, ainda, seu papel promover políticas voltadas ao desenvolvimento sustentável das populações indígenas. Nesse campo, a Funaipromove ações de etnodesenvolvimento, conservação e a recuperação do meio ambiente nas terras indígenas, além de atuar no controle e mitigação de possíveis impactos ambientais decorrentes de interferências externas às terras indígenas. Compete também ao órgão estabelecer a articulação interinstitucional voltada à garantia do acesso diferenciado aos direitos sociais e de cidadania aos povos indígenas, por meio do monitoramento das políticas voltadas à seguridade social e educação escolar indígena, bem como promover o fomento e apoio aos processos educativos comunitários tradicionais e de participação e controle social. A atuação da Funai está orientada por diversos princípios, dentre os quais se destaca o reconhecimento da organização social, costumes, línguas, crenças e tradições dos povos indígenas, buscando o alcance da plena autonomia e autodeterminação dos povos indígenas no Brasil, contribuindo para a consolidação do Estado democrático e pluriétnico.