Concurso Metrô SP (Companhia do Metropolitano de São Paulo) deve ter ênfase para contratação de pessoal na área de segurança
Fernando Cezar Alves Publicado em 21/06/2023, às 07h19 - Atualizado às 14h30
A realização do aguardado concurso Metrô SP (Companhia do Metropolitando de São Paulo) parece cada vez mais próxima e pode se concretizar no decorrer dos próximos meses. Acontece que no último dia 12 de junho a população amanheceu com a notícia de uma possível paralisação, marcada para o dia seguinte. No final do próprio dia 12, a greve foi suspensa, pois a companhia havia aceitado as reivindicações da categoria. A principal delas é a reposição de servidores, por meio de novo concurso. De acordo com informações preliminares, o Metrô está em fase de levantamento das necessidades, mas a expectativa é de que sejam oferecidas aproximadamente 150 vagas, com ênfase na área de segurança.
Além da realização do concurso público, o Metrô SP ofereceu um reajuste de 4,52%, que corresponde a uma atualização das perdas inflacionárias, além de discutir um novo plano de carreiras e a situação de 130 servidores aposentados especiais, demitidos há três anos.
De acordo com nota divulgada pelo Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo, "a empresa assumiu um compromisso de realizar um estudo do quadro de funcionários para avaliar as necessidades para a abertura de novos concursos públicos".
Além disso, o concurso também foi debatido, no expediente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) do último dia 15 de junho, pelo deputado Simão Pedro (PT). "Na segunda-feira (dia 12) houve uma grande assembleia dos trabalhadores metroviários no seu sindicato, mais de 3.000 trabalhadores que decidiram não fazer a greve que
estava marcada a partir da zero hora do dia treze. Eu achei que foi uma boa decisão do sindicato. Estive numa das assembleias do Sindicato dos Metroviários; eles resolveram
aceitar a proposta feita. Eles estavam em campanha salarial, a categoria, uma categoria muito importante", disse. "Mas eu queria chamar atenção que, neste acordo que o
Sindicato dos Metroviários fez com o Metrô - que é importante a gente registrar aqui, porque nós vamos acompanhar e vamos cobrar -, o Metrô se comprometeu a realizar concurso público para repor mais de 150 trabalhadores, principalmente na área
da segurança", reforçou. "O Metrô tem sido enfraquecido, bombardeado; não vou
dizer “sucateado”, né. Mas uma das reivindicações nesta campanha salarial era a reposição de trabalhadores, porque há um déficit, reconhecido pelo próprio Metrô".
A realização do novo concurso já havia sido anunciada 2022, pelo então presidente Silvani Pereira, que deixou o comando da Companhia em janeiro.
Além da remuneração inicial, o Metrô SP costuma oferecer os seguintes benefícios:
O plano de saúde, previência suplementar e seguro de vida em grupo são opcionais.
De acordo com levantamento funcional divulgado no último dia 29 de abril, o Metrô conta atualmente com uma necessidade de nada menos do que 2.778 servidores. Vale lembrar que o levantamento tem como base dados concedido pelos órgãos tendo como base até o dia 31 de dezembro de 2022. Desta forma, novas necessidades podem ter surgido desde então, em decorrência de afastamentos, falecimentos e exonerações.
Os cargos com maior necessidade de servidores são os seguintes:
O último concurso Metrô SP ocorreu em 2019, quando foram oferecidas quatro vagas iniciais para o cargo de agente de segurança metroviário masculino e feminino, com duas vagas cada. A banca organizadora, na ocasião, foi a Fundação Carlos Chagas (FCC). Para concorrer foi necessário possuir apenas ensino médio e altura mínima de 1,70m para homens e 1,65m para mulheres. A remuneração inicial foi de R$ 3.075,16.
A seleção foi composta de duas etapas:
A parte objetiva contou com 50 questões, da seguinte forma:
Antes disso, em 2018, um outro certame foi realizado para o preenchimento de oito vagas para o cargo de oficial de logística e almoxarifado. Neste caso, para concorrer foi necessário possuir ensino médio e carteira de habilitação a partir da categoria "B", com remuneração inicial de R$ 3.113. A banca também foi a Fundação Carlos Chagas.
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O Metrô de São Paulo é responsável pela operação das Linhas 1-Azul (Jabaquara - Tucuruvi), 2-Verde (Vila Prudente – Vila Madalena), 3-Vermelha (Corinthians-Itaquera – Palmeiras-Barra Funda) e o Monotrilho da Linha 15-Prata (Vila Prudente – Vila União), somando 64,7 km de extensão e 58 estações.
A Linha 4-Amarela é operada pela Via Quatro em regime de PPP desde 2010. Possui 11,4 km de extensão e 10 estações.
A Linha 5-Lilás passou a ser operada em regime de concessão pela Via Mobilidade em 04 de agosto de 2018. Possui 20 km e 17 estações.
Em 2017, a rede metroviária atingiu a marca de 1,3 bilhão de passageiros transportados, sendo que o Metrô de São Paulo foi responsável pelo transporte de 1,1 bilhão desses passageiros, destacando-se mundialmente pelos resultados obtidos na produção e na qualidade do serviço prestado no transporte público de passageiros sobre trilhos.
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A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô SP) foi constituída no dia 24 de abril de 1968. As obras da Linha Norte-Sul foram iniciadas oito meses depois. Em 1972, a primeira viagem de trem foi realizada entre as estações Jabaquara e Saúde. Em 1974, o trecho Jabaquara - Vila Mariana começou a operar comercialmente.
Atualmente, o Metrô SP possui 6 linhas em operação. Ao todo, são 96 km de extensão e 85 estações. Em 2017 foram transportados 1,3 bilhão de passageiros no sistema.
O sistema está integrado à CPTM nas estações Luz, Tamanduateí, Brás, Palmeiras-Barra Funda, Tatuapé, Corinthians-Itaquera, Pinheiros e Santo Amaro e aos outros modais de transporte na cidade de São Paulo.
Diariamente, a malha metroviária transporta cerca de 5 milhões de passageiros.
Em 2015 o Metrô SP ultrapassou a marca de 25,6 bilhões de passageiros transportados desde a sua inauguração em 1974, destacando-se mundialmente pelos resultados obtidos na produção e na qualidade do serviço de transporte público de passageiros sobre trilhos.