Concurso Nacional Unificado deve contar com segunda ediçao no próximo ano, incluindo oportunidades em diversos órgãos federais
Fernando Cezar Alves Publicado em 28/08/2024, às 09h42
A ministra da Gestão de da Inovação dos Serviços Públicos, Esther Dweck, voltou a confirmar, nesta quarta-feira, 28 de agosto, que, após a aplicação das provas da primeira edição, devem ser intenificados os estudos para o novo Concurso Nacional Unificado (CNU). Em entrevista ao portal Jota, disse que nada impede que o próximo edital conte com uma oferta menor de vagas que o primeiro, de acordo com as necessidades. Além disso, reforçou a criação de um novo cargo transversal, ou seja, que deve atender necessidades de diversos órgãos do governo. Vale lembrar que, no último dia 15, a ministra já havia anunciado que a publicação do segundo edital está prevista para ocorrer até março, com aplicação das provas em agosto de 2025.
Sobre o quantitativo de vagas para a próxima edição do concurso, disse a ministra:
"Não precisa ser 6 mil (vagas), pode ser menos. Mas o mais importante para a gente tomar a decisão final é fazer uma boa análise de tudo o que deu certo, do que precisa aprimorar. A gente tem um acompanhamento da nossa equipe com o Ipea. Eles estão fazendo um estudo muito bem feito sobre o custo-benefício. A gente quer ter esse estudo terminado para avaliar. Valeu a pena? Vamos fazer outro? Ampliou o acesso? A forma de seleção deu certo? Os servidores foram bem selecionados? Tudo isso precisa ser avaliado para um novo CNU. Por isso que eu falei que a nossa decisão vai ficar mais no final do ano mesmo".
Também reforçou que agora estão sendo avaliados os critérios da prova aplicada na primeira edição, para definir se ocorrerá algum tipo de alteração no segundo concurso."A gente está fazendo agora uma análise da prova propriamente, do conteúdo da prova. Até a prova ser aplicada, a gente não conhecia a prova. Ninguém do governo teve acesso à prova, porque a gente tinha um malote trancado numa sala segura", disse.
A ministra também falou sobre a criação de um novo cargo transversal, ou seja, para preenchimento em diversos órgãos. A expectativa é de que seja para atuação no Ministério da Justiça, na Defesa e no GSI, mas Dweck confirma que a intenção é ampliar para mais setores do funcionalismo.
Sobre isso, disse:
"A gente está justamente negociando com todo mundo isso. A nossa ideia é que ela possa ter mais que isso. Não são apenas esses. Nós desejamos que ela fosse mais ampla. Porque a gente, hoje em dia, já tem algumas carreiras transversais importantes. Carreira de infraestrutura, ATI, temos a ATPS, gestores... A própria área administrativa tem um grau de transversalidade, embora os concursos sejam para as caixinhas dos órgãos. Mas a gente quer transformá-la em uma carreira mais transversal também. E a gente acha que faltam algumas carreiras transversais com nível de especialização, que complementam essas que já temos hoje. Então, faltam realmente nessa área de Defesa, Justiça, Direito. E a gente está, obviamente, conversando com os órgãos."
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