Concurso PF: diretor-geral reforça negociação para novas contratações

Novo concurso PF (Polícia Federal) está sendo discutido com o Governo Federal dentro de um pacote de medidas para restrição de armas

Fernando Cezar Alves   Publicado em 05/01/2024, às 09h00

Concurso PF: diretor-geral da PF, Andrei Passos Crédito José Cruz EBC

O novo concurso PF (Polícia Federal) está cada vez mais próximo de ocorrer ainda em 2024. A seleção já havia sido anunciada na última quarta-feira, 3 de janeiro, por meio de notícia veiculada pela Globo News. Agora, na última quinta, dia 4, o próprio diretor-geral da corporação, Andrei Passos, em entrevista também para a Globo News, reforçou que o certame já está sendo negociado com o Ministério da Gestão e da Inovação dos Serviços Públicos.

A contratação de mais servidores na PF faz parte de um plano da corporação no sentido de promover um maior controle de armas no país. Desta forma, a expectativa é de que o certame conte com um total de de nada menos do que 2 mil vagas. 

"Nós precisamos de meios, de recursos, para poder prestar um serviço à sociedade à altura do que é necessário. Portanto, sim, já há tratativas com o Ministério da Justiça, e com a própria ministra Esther Dweck, para que a gente tenha uma estrutura fortalecida", explicou.

A intenção é que sejam oferecidas oportunidades para todos os estados e para o Distrito Federal.

Vale lembrar que, em 21 de junho, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já havia anunciado que a intenção é realizar concursos anuais não somente para a PF, mas para todos os órgãos de segurança pública federal.

Saiba como foi a última seleção

O último concurso PF ocorreu em 2021, quando foram oferecidas inicialmente 1.500 vagas, em diversos cargos de nível superior, com iniciais de até R$ 23.692,73. A banca organizadora, na ocasião, foi o Cebraspe.

A distribuição de vagas por cargos foi a seguinte:

A seleção contou com as seguintes etapas:

Para os cargos de agente, escrivão e papiloscopista, a prova objetiva contou com três blocos, com 60 questões no bloco I, 36 no II e 24 no III, além da prova dissertativa, com até 30 linhas. Para delegado, a prova objetiva contou com 120 questões e a dissertativa, com três questões e uma peça profissional

Para delegado, as questões versaram sobre direito administrativo, direito constitucional, direito civil, direito processual civil, direito empresarial, direito internacional público e cooperação internacional, direito penal, direito processual penal, criminologia, direito previdenciário e direito financeiro e tributário.

Para agente de polícia, no bloco I, língua portuguesa, noções de direito administrativo, noções de direito constitucional, noções de direito penal e processual penal, legislação especial, estatística e raciocínio lógico. No bloco II, informática e no bloco III, contabilidade geral.

Para escrivão, no bloco I, língua portuguesa, noções de direito administrativo, noções de direito constitucional, noções de direito penal e processual penal, legislação especial, estatística e raciocínio lógico. No bloco II, informática e no bloco III, contabilidade geral e arquivologia.

Para papiloscopista, no bloco I, língua portuguesa, noções de direito administrativo, noções de direito constitucional, noções de direito penal e processual penal, legislação especial, estatística e raciocínio lógico. No bloco II, informática e no bloco III, biologia, física e química

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Sobre PF - Polícia Federal

A Polícia Federal tem origem em 10 de maio de 1808, quando a Intendência-Geral de Polícia da Corte e do Estado do Brasil foi criada, por D. João VI. O órgão tinha as mesmas atribuições que tinha em Portugal. Com o decreto 6.378, de 28 de março de 1944, a antiga Polícia Civil do Distrito Federal, que funcionava no Rio de Janeiro, no governo de Getúlio Vargas, foi transformada em Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP), subordinado ao Ministério da Justiça e Negócio Interiores. Posteriormente, em 13 de junho de 1946, com o decreto-lei 9.353, foi atribuída competência ao DFSP, em todo território nacional, para serviços de polícia marítima, área de fronteiras e apurações de diversas infrações penais.