Concurso PF: Lewandovski cobra ministra Dweck sobre nova autorização

A solicitação para o novo concurso da PF (Polícia Federal) conta com ofertas previstas para três cargos da área de segurança

Fernando Cezar Alves   Publicado em 01/11/2024, às 08h41

Concurso PF: ministro Ricardo Lewandovski TSE

Na última quinta-feira, 31 de outubro, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandovski, cobrou a ministra da Gestão e da Inovação dos Serviços Públicos, Esther Dweck, sobre a autorização de um novo concurso PF (Polícia Federal). A declaração ocorreu durante reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com governadores para discutir a reformulação dos órgãos de segurança pública do Governo Federal. Em agosto, o diretor-geral da PF, Andrei Passos, havia declarado que a expectativa é de uma nova autorização ainda em 2024. 

A fala do ministro da justiça foi a seguinte:

"Hoje nós estamos com aproximadamente 13 mil homens. Menos até, considerados os administrativos. E o concurso não abre. Aqui vou até veicular uma queixa do Andrei Rodrigues. Só para o ano que vem. Nós não queremos nada, queremos só chegar de volta aos 15 mil. Precisamos de gente! A Polícia Rodoviária já teve um efetivo maior, então doutora Esther Dweck, nós queremos concursos, queremos gente para enfrentar a criminalidade"

A proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera a estrutura das carreiras da segurança do Governo, incluino a PF, deve ser encaminhada para o Congresso Nacional até dezembro. A PEC altera o artigo 144 da Constituição, com a extinção da PRF e criação da Polícia Ostensiva Federal (POF).

As principais mudanças previstas são as seguintes:

De acordo com Andrei Passos, a expectativa do próximo concurso é para os seguintes cargos:

Inicialmente haviam sido solicitadas 1.810 vagas, da seguinte forma:

Em 31 de maio foi sancionada a lei 14.875, que reestrutura as carreiras da Funai e reajusta salários de diversos órgãos públicos, como a PF.

Com isso, as remunerações iniciais passam a ser as seguintes:

Para perito e delegado:

Para agente, escrivão e papiloscopista:

Concurso PF: saiba como foi a última seleção

O último concurso PF ocorreu em 2021, quando foram oferecidas inicialmente 1.500 vagas, em diversos cargos de nível superior, com iniciais de até R$ 23.692,73. A banca organizadora, na ocasião, foi o Cebraspe.

A distribuição de vagas por cargos foi a seguinte:

A seleção contou com as seguintes etapas:

Para os cargos de agente, escrivão e papiloscopista, a prova objetiva contou com três blocos, com 60 questões no bloco I, 36 no II e 24 no III, além da prova dissertativa, com até 30 linhas. Para delegado, a prova objetiva contou com 120 questões e a dissertativa, com três questões e uma peça profissional.

Para delegado, as questões versaram sobre direito administrativo, direito constitucional, direito civil, direito processual civil, direito empresarial, direito internacional público e cooperação internacional, direito penal, direito processual penal, criminologia, direito previdenciário e direito financeiro e tributário.

Para agente de polícia, no bloco I, língua portuguesa, noções de direito administrativo, noções de direito constitucional, noções de direito penal e processual penal, legislação especial, estatística e raciocínio lógico. No bloco II, informática e no bloco III, contabilidade geral.

Para escrivão, no bloco I, língua portuguesa, noções de direito administrativo, noções de direito constitucional, noções de direito penal e processual penal, legislação especial, estatística e raciocínio lógico. No bloco II, informática e no bloco III, contabilidade geral e arquivologia.

Para papiloscopista, no bloco I, língua portuguesa, noções de direito administrativo, noções de direito constitucional, noções de direito penal e processual penal, legislação especial, estatística e raciocínio lógico. No bloco II, informática e no bloco III, biologia, física e química.

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Sobre PF - Polícia Federal

A Polícia Federal tem origem em 10 de maio de 1808, quando a Intendência-Geral de Polícia da Corte e do Estado do Brasil foi criada, por D. João VI. O órgão tinha as mesmas atribuições que tinha em Portugal. Com o decreto 6.378, de 28 de março de 1944, a antiga Polícia Civil do Distrito Federal, que funcionava no Rio de Janeiro, no governo de Getúlio Vargas, foi transformada em Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP), subordinado ao Ministério da Justiça e Negócio Interiores. Posteriormente, em 13 de junho de 1946, com o decreto-lei 9.353, foi atribuída competência ao DFSP, em todo território nacional, para serviços de polícia marítima, área de fronteiras e apurações de diversas infrações penais.