O novo concurso Receita Federal terá 669 vagas para nível superior, com salários de até R$ 21 mil. Sindicato anunciou escolha da FGV. Órgão nega
Fernando Cezar Alves Publicado em 19/08/2022, às 08h18 - Atualizado às 14h12
Segue a polêmica sobre a contratação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) como banda organizadora do novo concurso Receita Federal. Após a vice-presidente do Sindifisco Nacional, Natália Nobre, confirmar, no último dia 17, a escolha da empresa, o órgão emitiu nota oficial, na última quinta, dia 18, negando que a banca já esteja escolhida. No entanto, o deputado federal Luis Miranda (Republicanos) rebateu a nota da Receita, na tarde da própria quinta-feira, dizendo que, segundo fontes da FGV, o contrato está realmente assinado, com publicação do edital nos próximos 30 dias e provas em dezembro.
O concurso Receita Federal contará com uma oferta de 669 vagas, sendo 230 para o cargo de auditor fiscal da Receita Federal do Brasil e 469 para analista tributário da Receita Federal do Brasil.
Para os dois cargos, para concorrer é necessário possuir formação de nível superior. No caso de analista, o inicial é de R$ 12.142,39, enquanto a carreira de auditor conta com inicial de R$ 21.487,09.
As provas serão aplicadas no mesmo dia para os cargos de auditor e analista. A confirmação foi feita subsecretário de gestão corporativa do órgão, Juliano Neves. A seleção será nacional, com expectativa de nomeações dos aprovados em 2023.
A Receita Federal vem por meio desta esclarecer que não autorizou divulgar, nem realizou a divulgação de informações sobre o processo para contratação de banca examinadora do concurso público para provimento dos cargos de Auditores-Fiscais e Analistas-Tributários.
Esclarece-se, também, que as entidades representativas dos servidores da Receita Federal *não* participam do processo de seleção da banca examinadora, nem da construção do edital do certame. Cumpre informar que a Receita Federal não mantém comunicação ou repassa informações para parlamentares ou terceiros de qualquer natureza sobre esse tema, que é tratado exclusivamente por equipe interna criada para este fim.
A contratação da banca examinadora ainda está em andamento, e após a contratação se iniciará a etapa de elaboração do edital, com a definição de conteúdo programático, datas dos exames e afins.
Aos interessados no certame, a Receita Federal reforça que as informações oficiais serão divulgadas em seu site institucional e no Diário Oficial da União
Com iminência de publicação do edital do concurso Receita Federal, os interessados devem conhecer um pouco mais sobre a estrutura do órgão. A Receita Federal do Brasil está dividida em 10 regiões fiscais, da seguinte forma:
Para cada região, o órgão possui Delegacias, Alfândegas e Agências. Isso garante a realização do concurso Receita Federal com vagas regionais e a possibilidade de trabalhar em várias cidades e áreas diferentes.
O último concurso Receita Federal ocorreu em 2014, com 1.026 vagas para área de apoio, para o cargo de assistente técnico-administrativo do MF (Ministério da Fazenda). Mais de 263 mil inscritos disputaram as vagas oferecidas, uma média de 257 candidatos por vaga.
A prova foi composta por questões sobre as seguintes disciplinas:
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A Secretaria da Receita Federal do Brasil é um órgão específico, singular, subordinado ao Ministério da Fazenda, exercendo funções essenciais para que o Estado possa cumprir seus objetivos. É responsável pela administração dos tributos de competência da União, inclusive os previdenciários, e aqueles incidentes sobre o comércio exterior, abrangendo parte significativa das contribuições sociais do País. A Receita Federal também subsidia o Poder Executivo Federal na formulação da política tributária brasileira, previne e combate a sonegação fiscal, o contrabando, o descaminho, a pirataria, a fraude comercial, o tráfico de drogas e de animais em extinção e outros atos ilícitos relacionados ao comércio internacional.
Até 1 de janeiro de 2019 era subordinado ao Ministério da Fazenda, e a partir daí passou a ser subordinado ao novo Ministério da Economia do Governo Jair Bolsonaro.