Ainda de acordo com o ministro Guedes, os senadores cometeram um crime contra o Brasil por conta do aumento de gastos públicos
Redação Publicado em 20/08/2020, às 09h46
Na noite da última quarta-feira (19), o Senado derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação ao reajuste de servidores públicos da saúde e da educação. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a casa legislativa deu um "péssimo sinal" e que os senadores "cometeram um crime contra o Brasil."
“Colocamos muito recurso na crise da saúde e o Senado deu um sinal muito ruim permitindo que justamente recursos que foram para a crise da saúde possam se transformar em aumento de salário. Isso é um péssimo sinal. Temos que torcer para a Câmara conseguir segurar a situação”, declarou Guedes após reunião com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Para o ministro, há o risco de perda de até R$ 120 bilhões de recursos com a derrubada do veto. “Pegar dinheiro de saúde e permitir que se transforme em aumento de salário para o funcionalismo é um crime contra o país”, afirmou.
Guedes acrescentou que o veto pelo presidente Bolsonaro foi um gesto de responsabilidade porque tinha como objetivo garantir que o pacote de ajuda aos estados e aos municípios seja aplicado no enfrentamento à pandemia de covid-19, sem ser revertido em aumentos de salários. O congelamento dos salários dos servidores tinha sido definido pela equipe econômica como contrapartida para o socorro aos governos locais.
O veto será votado pela Câmara dos Deputados hoje (20), a partir das 15h. Tradicionalmente, as derrubadas de vetos são votadas em sessão conjunta pelos deputados e senadores, mas a apreciação pelos deputados foi adiada para que o Ministério da Economia tente articular a manutenção do veto.
*reprodução Agência Brasil