Área de 255 mil metros quadrados do Complexo do Tatuapé, o mais antigo conglomerado de unidades da antiga Febe
Redação Publicado em 19/10/2007, às 11h57
Área de 255 mil metros quadrados do Complexo do Tatuapé, o mais antigo conglomerado de unidades da antiga Febem é desativada e dará lugar a uma nova Escola Técnica, com oferta de mais de 2,8 mil vagas em cursos gratuitos, área de lazer e uma segunda unidade de ensino
O governador de São Paulo José Serra anunciou no último dia 16 a desativação total do Complexo do Tatuapé, o mais antigo conglomerado de unidades da antiga Febem. No terreno de 255 mil metros quadrados será abrigada uma nova Etec (Escola Técnica), com oferta de mais de 2,8 mil vagas em cursos gratuitos, uma grande área de lazer, batizada de Parque do Belém, e uma segunda unidade de ensino.
Parte do espaço já foi reformada e o próximo passo será elaborar o Plano Diretor do parque.
Cursos
Segundo o Centro Paula Souza – instituição responsável pelos processos seletivos das Escolas Técnicas e Fatecs em todo o Estado –, a nova unidade oferecerá 1.920 vagas em oito cursos técnicos (nos períodos da tarde e da noite): Administração, Gestão Ambiental, Informática, Logística, Nutrição e Dietética, Química, Segurança do Trabalho e Web Design. Também haverá outras 960 vagas para o Ensino Médio, no período da manhã.
Emprego
De acordo com a última pesquisa feita pelo Centro Paula Souza, 73,9% dos alunos das 138 Etecs do Estado estão empregados. O setor que mais emprega é o Industrial (30%), seguido pelo de Serviços (18,8%), Comércio (15,6%), Informática (5,4%), Educação (4,2%), Construção Civil (3,8%), Saúde (5,4%) e Agropecuário (4,4%).
As empresas que mais contratam são as grandes corporações (com 28,5% da força de trabalho), seguido pelas microempresas (com 19%), empresas de médio porte (18,7%), pequenas empresas (16,6%), serviço público (15,2%) e propriedades rurais (2%). O estudo revela que 68,1% dos egressos trabalham com carteira assinada e mais de 42% permanecem no emprego conquistado após a formatura.
“Dos alunos que cursam uma escola técnica, a grande maioria já sai com um emprego. Portanto, o que vamos fazer é preparar a juventude para o futuro”, disse o governador José Serra.
Desativação gradativa
O último grupo com 37 adolescentes deixou o complexo há uma semana em direção a uma unidade da Fundação CASA - órgão que substituiu a Febem no tratamento aos adolescentes - na Região Metropolitana de São Paulo.
“Estamos fechando aquele que era o maior complexo da fundação. Só no primeiro semestre de 2005, tivemos aqui 18 rebeliões. Felizmente hoje estamos encerrando essa história”, comemora Berenice Giannella, presidente da Fundação.
Iniciado em 2005, o esvaziamento do Complexo Tatuapé e a demolição de suas unidades foram feitos de maneira gradativa, para evitar que a transferência dos jovens superlotasse as demais unidades da Fundação CASA. A desativação foi acompanhada de um processo de descentralização, com a construção de 24 pequenas unidades no Interior do Estado.
“A proposta do Governo do Estado é acabar, gradativamente, com o modelo de grandes complexos. Além de serem menores, as novas unidades estão próximas da região onde vivem as famílias dos internos”, esclarece o secretário estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Antonio Marrey.
Serra ressaltou que o método de atendimento em unidades pequenas, descentralizadas, ajuda a intensificar a assistência individual aos jovens. “Além disso, a idéia é multiplicar as parcerias com a sociedade no que se refere a atividades como cultura, esporte, educação e lazer”, completou o governador.
Rogerio Jovaneli