Essas demissões são resultado do fenômeno The Great Resignation, onde profissionais abrem mão dos seus empregos, mesmo que bem remunerados
Victoria Batalha Publicado em 11/10/2022, às 10h37
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui cerca de 12 milhões de pessoas desempregadas, porém, um terço das demissões no país são voluntárias, é o que aponta um novo estudo realizado pela LCA Consultores com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Isso pode ser resultado de um fenômeno conhecido como The Great Resignation.
The Great Resignation, em tradução livre “grande renúncia” é na prática demissão de pessoas insatisfeitas com o trabalho e com o modo de vida que levam. “As pessoas estão encontrando no abrir mão do emprego e tentativa de novas experiências um caminho para buscar satisfação e felicidade”, explica Márcio Monson, fundador e CEO da Selecty.
Esse fenômeno também pode ser chamado de “bit quit” ou “great reshuffle”. Para Monson, as pessoas estão buscando sair de seus trabalhos bem remunerados e relativamente estáveis para outras atividades que trazem menos dinheiro e status, mas que geram mais felicidade.
Ainda de acordo com o CEO, esse comportamento ficou mais acentuado após a pandemia de Covid-19, que trouxe mudanças para o mercado de trabalho para diminuir a disseminação do coronavírus.
Os cargos mais afetados pelo The Great Resignation normalmente são postos-chaves, vagas que exigem um maior qualificação profissional e outros pontos mais difíceis de serem encontrados no mercado de trabalho.
Uma maneira de conseguir reverter essa situação é combatendo a cultura tóxica dentro das empresas, como o excesso de pressão, insegurança e a falta de reconhecimento. Investir em ações em prol da saúde mental dos colaboradores também é uma alternativa.
+++ Acompanhe as principais informações sobre processos seletivos no mercado de trabalho, na editoria de Empregos do JC Concursos.