Saiba o que é "The Great Resignation", as demissões em massa que estão acontecendo no Brasil em busca de uma qualidade de vida melhor
Você já ouviu falar de “The Great Resignation”, “Big Quit” ou “Great Reshuffle”? Os três termos significam a mesma coisa e possuem o mesmo sentido, a demissão em massa de pessoas que optam por saírem de seus empregos mesmo sem terem outro trabalho em vista. Esse fenômeno é mais comum nos Estados Unidos, China e Índia, mas que está cada vez mais popularizado no Brasil.
A principal causa desse grande volume demissões é porque os profissionais perceberam que estão insatisfeitos, não apenas com o trabalho, mas também com o estilo de vida e resolvem sair dos seus empregos para buscarem alguma coisa. Como pontua o Márcio Monson, fundador e CEO da Selecty, empresa de tecnologia de recrutamento e seleção, "As pessoas estão encontrando no abrir mão do emprego e tentativa de novas experiências um caminho para buscar satisfação e felicidade”.
Ainda segundo Márcio, essa migração é normalmente de pessoas com trabalhos bem remunerados e estáveis, mas que passam a considerar outros tipos de trabalhos, mesmo que paguem menos e tragam menos status. Porém são empregos que geram mais felicidade.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui 10,080 milhões de pessoas desempregadas. Ainda de acordo com um levantamento feito pela LCA Consultores, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 30% das demissões foram voluntárias.
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“Recentemente, foi noticiado que, nos Estados Unidos, apenas entre setembro e outubro do ano passado, 8,5 milhões de pessoas pediram demissão, sem ter outra vaga em perspectiva. E, aqui no Brasil, a constatação da LCA, de que, dos 1,8 milhão de desligamentos registrados apenas em março último, mais de 600 mil (ou 33%) foram voluntários. São dados para serem observados e acompanhados com atenção”, destaca o diretor da Selecty.
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Para reverter essa onda, é importante que as empresas combatam a cultura tóxica que existem dentro delas, como o excesso de pressão, cobrança, insegurança. Dar o devido reconhecimento aos seus funcionários também é muito importante. "As organizações precisam estar preparadas, identificando como tornar as vagas que oferecem não só atraentes do ponto de vista da empregabilidade, mas da satisfação que proporcionam ao profissional.”, ressalta Monson.
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