43% dos profissionais alegam sobrecarga no trabalho, revela pesquisa

Ainda de acordo com a pesquisa, 31% disseram que sofrem pressão por causa dos resultados que precisam ser atingidos dentro do trabalho

Victoria Batalha   Publicado em 10/10/2022, às 10h05

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Devido a pandemia do Covid-19, o tema saúde mental e trabalho passou a ser mais debatido dentro e fora do mercado de trabalho. Porém, de acordo com um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV EAESP), em parceria com as empresas Talenses e Gympass, em janeiro de 2022 com mais de 500 brasileiros, 43% afirmaram que estão sentindo uma sobrecarga no trabalho. Além disso, 31% disseram que sofrem pressão devido resultados e metas que precisam ser atingidos.

Os entrevistados também apontaram outros impactos negativos sobre saúde mental, como 30% dos respondentes que afirmaram a sensação de que precisam ficar disponíveis o tempo todo; 30% falaram que não se sentem reconhecidos; 27% disseram que sentem falta de empatia e apoio dos líderes; 22% sentem dificuldade em desempenhar sua plena capacidade de trabalho; 17% acham que falta comunicação com os líderes; e 12% não sentem flexibilidade na jornada de trabalho.

O levantamento trouxe outros aspectos que afetam a rotina dos profissionais entrevistados, como: 12% disse sentir desconforto em compartilhar os desafios com a equipe ou líderes; 11% falaram que sentem julgamento por causa de outras responsabilidades necessárias durante a pandemia; e 9% sentem a falta de ações voltadas para a saúde mental.

Impactos na saúde mental 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a economia mundial perde por ano 1 trilhão de dólares devido a baixa produção de profissionais que são acometidos por algum transtorno mental.

Porém, os trabalhadores entrevistados pela FGV ainda buscam ajuda profissionais psicológicos para tratarem os transtornos, 82% das pessoas falaram que buscaram por terapia. Já 32% disseram que trocaram de emprego. 24% reduziram a carga horária de trabalho e 21% chegaram a pedir demissão sem nem ter perspectiva de outro emprego para tratarem a saúde mental.

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Mas os dados que preocupam é que 75% dos entrevistados alegaram que os benefícios não são o suficiente para manter uma manutenção a saúde mental. Por fim, a pesquisa e os dados direcionam a oportunidade das empresas implementarem benefícios e ações voltadas para a saúde física e mental dos seus colaboradores, além de melhorar a comunicação entre equipe e líderes, que é um ponto muito tocado pelas pessoas entrevistadas.