Levantamento feito pelo CIEE mostra que apenas no primeiro trimestre deste ano existiam 726,6 mil contratos de estágio no Brasil
Victoria Batalha Publicado em 05/12/2022, às 11h55 - Atualizado às 13h33
Segundo uma pesquisa feita pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), o número de contratação de estagiários cresceu em 18,2% em comparação com 2021. No primeiro trimestre deste ano, o país tinha cerca de 726,6 mil contratos de estágio.
Em 2021, o Brasil tinha 707,9 mil estagiários. Sendo a maior concentração de contratos no sudeste, com 298,5 mil estudantes cadastrados em programas de estágio, sendo o estado de São Paulo com o maior número, 138,8 mil.
O levantamento foi feito em parceira com a consultoria Tendências, usando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa considerou estagiários jovens, estudantes, que trabalhavam sem carteira assinada, com mais de 16 anos e com contratação que passavam de dois anos, com uma carga horária de até seis horas diárias.
As atividades jurídicas foram os que mais contrataram estagiários no passado, com 56,7 mil vagas em todo o Brasil. Seguido das escolas de ensinos infantil e fundamental, com 55,6 mil estagiários e administração pública estadual, com 46,4 mil contratos. Na educação superior, foram contratados 35,6 mil estagiários.
Sobre o perfil, o levantamento apontou que 40,4% dos estagiários são das classes D e E, que moram em famílias com uma renda domiciliar mensal de até R$ 3 mil. 37,7 são da classe C, com uma renda entre R$ 3 mil e R$ 7,2 mil. 17,9% na classe B, com renda de R$ 7,2 mil e R$ 22,5 mil. E apenas 4% na classe A, com renda familiar acima de R$ 22,5 mil.
Ainda segundo o CIEE, os estágios mais bem remunerados no país são os das áreas de Economia (R$ R$ 1.676,93), Engenharias (R$ 1.480,62), Administração Pública (R$ 1.438,34) e Agronomia (R$ 1.415,53).