O Governo de São Paulo autoriza a contratação de 2,3 mil policiais militares da reserva para cargos administrativos, liberando PMs da ativa para reforçar o policiamento nas ruas
Victor Meira Publicado em 19/11/2024, às 10h24
O Governo de São Paulo assinou um decreto que autoriza a contratação de 2,3 mil PMs (policiais militares) aposentados para ocuparem cargos administrativos na corporação. Segundo o Executivo paulista, essa medida visa liberar os policiais da ativa, que atualmente desempenham funções burocráticas, para reforçar o policiamento nas ruas, aumentando a presença policial em todo o estado.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, destacou a importância dessa iniciativa para recompor o efetivo da Polícia Militar. "A nossa previsão inicial é de 2,3 mil vagas, mas a meta é que, até o final da gestão, tenhamos 5 mil policiais a mais nas ruas, liberando os militares de serviços administrativos para recompor batalhões em todo o estado", afirmou.
As vagas são destinadas a PMs da reserva que possuem experiência em cargos administrativos. Os selecionados passarão por um exame médico para garantir a aptidão ao trabalho e atuarão em áreas como recursos humanos, licitações, compras, distribuição de materiais, escala de trabalho das equipes e comunicação social.
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Os salários variam conforme a patente: praças (soldados a subtenentes) receberão R$ 6,7 mil, enquanto oficiais (tenentes a coronéis) terão remuneração de R$ 10,7 mil. Diferentemente dos policiais da ativa, os reservistas terão carga horária comercial, de segunda a sexta-feira, com direito a férias e outros benefícios.
O capitão Gustavo Maciel, da Subsecretaria de Acompanhamento de Projetos Estratégicos (Sape), ressaltou a importância de oferecer essa oportunidade aos policiais inativos. "Além de permitir que os policiais da ativa reforcem a segurança nas ruas, essa medida oferece aos inativos a chance de continuar contribuindo com a Polícia Militar", declarou.
Os interessados poderão se inscrever no edital que será publicado nos próximos dias, detalhando as vagas e regiões disponíveis. O contrato para os policiais da reserva terá duração máxima de quatro anos.
Apesar de voltarem a contribuir com a corporação, os policiais da reserva continuarão sendo considerados inativos, sem direito a usar farda ou concorrer a promoções. Eles seguirão recebendo a aposentadoria pela corporação, além da remuneração pelo serviço administrativo.
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