A pandemia do Covid-19 é uma das causas desse desânimo, muitos jovens se sentiram prejudicados em relação a educação
Victoria Batalha Publicado em 03/01/2023, às 09h08 - Atualizado às 09h13
De acordo com o relatório divulgado na IV Conferência Movimento Mapa Educação, chamado de Trabalho e Renda, de dez jovens, quatro que estão em busca de emprego avaliam seu estado emocional como ruim ou péssimo. A pesquisa foi realizada pelo Itaú Educação e Trabalho, com 14.510 jovens com idade entre 15 e 29 anos.
A pesquisa foi feita on-line entre 18 de julho e 21 de agosto do ano passado e mostrou que o bem estar psicológico está relacionado às perspectivas de emprego entre os jovens. O que significa que os jovens estão buscando trabalho são os que mais relatam estar fragilizados nesse ponto.
Entre os jovens entrevistados que trabalham, apenas 21% respondeu que seu estado emocional é ruim ou péssimo. Já nos que não trabalham ou que não estão em busca de emprego, 27% responderam que se sentem dessa forma.
Segundo o estudo, os jovens que querem se inserir no mercado de trabalho estão mais pessimistas sobre o futuro de suas vidas. Isso significa que a saúde mental precisa ser dada como prioridade.
Além disso, o relatório destaca outros fatores como, os jovens que estão procurando por emprego tem medo de passar por dificuldade financeira (45%) ou não conseguir um trabalho (26%). Entre os que trabalham, 34% responderam que têm medo de passar por dificuldades financeiras e 18% que temem perder o emprego e não conseguir um novo.
Porém, os jovens que estão empregados são os mais otimistas sobre o futuro, 44% responderam que suas expectativas são positivas. 34% dos jovens desempregados também estão otimistas. Os com perspectivas melhores são os que não trabalham e não procuram emprego, 48% deles estão positivos.
A pandemia do coronavírus afetou a maneira que os jovens veem o mercado de trabalho e também a educação. De acordo com o estudo, todos os entrevistados possuem o sentimento que ficaram para trás em relação ao aprendizado. Principalmente entre os desempregados e não estão em busca de emprego (65%). Os que procuram por trabalho 59% se sentem dessa forma e os empregados, 54% compartilham do mesmo sentimento.