Veja sobre a profissão na área de engenheiria biotecnológica e seus cursos específicos
Redação Publicado em 22/06/2019, às 11h42 - Atualizado às 11h44
Dar a dose exata e personalizada de medicamento, de acordo com o perfil genético de cada paciente. Uma medicina mais individualizada, praticamente à la carte, que leva em conta o fato de que a eficácia e os efeitos adversos de remédios estão associados a fatores genéticos ou hereditários.
Embora num primeiro momento muitos não saibam responder que tipo de profissional é responsável por essa atividade, essa é apenas uma das atuações do ramo da Biotecnologia.
O profissional dessa área trabalha com organismos ou partes deles, como tecidos, células, estruturas subcelulares e biomoléculas, elaborando produtos de interesse para a área biomédica (vacinas, novos métodos de diagnóstico); para a indústria farmacêutica (desenvolvimento de biofármacos); agroindústria (melhoramento da produção pecuária, desenvolvimento de bioinseticidas e sementes); indústria alimentícia (processos de produção em que intervêm bactérias, fungos, enzimas); meio ambiente (utilização de agentes biológicos para o controle e saneamento ambiental, tratamento de efluentes); bioinformática; planejamento de projetos biotecnológicos, dentre outros.
Além de atuar na indústria, o profissional da área pode se dedicar à carreira acadêmica.
Biotécnologia é uma área recente
Embora esta área profissional já exista há muitos anos na Europa e América do Norte, o primeiro curso de Biotecnologia surgiu no Brasil apenas em 2003, sendo ministrado na Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus Assis.
A profissão foi alavancada nos últimos anos principalmente com os avanços na clonagem de animais e produção de plantas e animais transgênicos, além do mapeamento do genoma humano.
“Outro fato relevante é que com a aprovação da Lei de Biossegurança no Congresso, que regulamentou o uso de células-tronco e transgênicos, abriu-se novos caminhos para o avanço nas pesquisas e utilização imediata das mesmas pela clínica, destacando-se a incorporação do profissional formado em Biotecnologia”, explica José Celso, professor especialista.
Graduado em julho de 2007, o biotecnologista Alexandre Camargo atua na área desde formado e já atingiu um passo decisivo em uma trajetória profissional: abrir seu próprio negócio. “Em outubro deste ano abri minha própria empresa e atuo como colaborador em outra, representando equipamentos e implantando processos de tratamento de esgoto. Trabalho com o conceito de reúso de água”, explica.
O curso de Engenharia Biotecnológica
A graduação de Engenharia Biotecnológica é normalmente dividida em núcleo básico, núcleo profissionalizante e núcleo específico. No núcleo Básico, as disciplinas – em sua maioria da área de exatas – dão uma base sólida para os núcleos Profissionalizante e Específico. No Profissionalizante, as disciplinas permitem aos alunos terem uma formação mais abrangente nas áreas de biológicas e também de exatas.
Já no Específico, os alunos recebem uma formação voltada para tecnologias aplicadas a modelos biotecnológicos, com ênfase na área industrial. Neste curso, a prática de estágio é obrigatória e realizada no último semestre da graduação.