Salário mínimo em 2025 deve ser corrigido para R$ 1.518, impactando milhões de brasileiros e trazendo desafios para a economia. Confira os detalhes
Victor Meira Publicado em 26/12/2024, às 20h01
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve oficializar nos próximos dias, por meio de decreto presidencial, o novo valor do salário mínimo para 2025, fixado em R$ 1.518. Atualmente em R$ 1.412, o reajuste representa um aumento de R$ 106, equivalente a 7,5%, e entrará em vigor a partir de janeiro, com pagamento em fevereiro.
A confirmação do valor só será oficializada com a publicação do decreto, prevista até o final deste ano.
A definição do salário mínimo de 2025 já considera a fórmula revisada pelo governo, que limita o aumento real. A correção combina a inflação medida pelo INPC até novembro de 2024 (4,84%) e o crescimento do PIB de dois anos atrás, limitado a 2,5%.
Se aplicada a regra antiga, sem o teto de 2,5% para o PIB, o valor do salário mínimo seria de R$ 1.528, gerando uma diferença de R$ 10 por mês para os trabalhadores e beneficiários.
Essa redução, segundo estimativas do governo, resultará em uma economia de R$ 4 bilhões em despesas com aposentadorias e benefícios sociais em 2025. Até 2030, o impacto acumulado poderá atingir R$ 110 bilhões, cerca de um terço da meta de economia fiscal prevista no pacote aprovado pelo Congresso.
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O salário mínimo é referência para 59,3 milhões de brasileiros, incluindo trabalhadores, aposentados e beneficiários de programas sociais como o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Além de determinar a renda mínima, ele influencia o poder de compra e o consumo das famílias, fatores fundamentais para o desempenho da economia.
De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a limitação ao aumento real do salário mínimo pode impactar negativamente o consumo, reduzindo a demanda por bens e serviços e, consequentemente, o crescimento econômico.
O órgão aponta que o consumo das famílias é um dos principais motores da economia, como demonstrado no resultado do PIB do terceiro trimestre de 2024. A redução no ritmo de crescimento do salário mínimo poderá afetar diretamente essa dinâmica.
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