ENGENHEIRO DE ALIMENTOS

Produzindo o alimento do futuro...

Redação   Publicado em 29/01/2007, às 13h04

O Engenheiro de Alimentos atua na indústria de alimentos, no controle de matérias-primas, na produção, processamento, controle de qualidade e até no gerenciamento e desenvolvimento de novos produtos e embalagens. Também trabalha em laboratórios, realizando análises de alimentos, e em empresas de serviços técnicos, elaborando e avaliando projetos de indústrias de alimentos.

“O Engenheiro de Alimentos tem uma formação multidisciplinar, que possibilita a atuação nas mais diversas áreas relacionadas à industrialização de alimentos, passando pela formulação do produto, escolha das melhores matérias-primas, processos, dimensionamento dos equipamentos até a definição da embalagem e das condições de estocagem mais adequadas para a conservação de um alimento”, explica Marco Antonio Trindade, professor do curso de Engenharia de Alimentos da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da Universidade de São Paulo (USP) - campus de Pirassununga.

CURSO

Para o docente do curso de Engenharia de Alimentos da USP de Pirassununga, entre as melhores instituições públicas que oferecem a modalidade estão USP, Unesp, Unicamp e UFSC. “Atualmente, existem mais de 40 cursos de graduação em Engenharia de Alimentos em todo o Brasil. Apesar do mercado de trabalho estar em expansão, a demanda por empregos também é crescente. Com o aumento da concorrência, o aluno deve se preparar além do que a universidade oferece”, alerta o educador.

ONDE ATUAR

O curso de Engenharia de Alimentos capacita o profissional para desenvolver, produzir e avaliar todo e qualquer alimento industrializado. Por essa razão, todos os produtos que apresentam tendência de crescimento de mercado também representam áreas promissoras de trabalho, segundo explica o professor Trindade. “Atualmente, as indústrias brasileiras têm procurado profissionais generalistas, aptos a atuar em diversas áreas da empresa. Acredito que o currículo altamente multidisciplinar do curso de Engenharia de Alimentos garante esta competência”, diz o professor, que relaciona, a seguir, alguns exemplos de áreas de atuação para profissionais desse setor:

* Alimentos funcionais: são produtos alimentícios que produzem benefícios específicos à saúde, além dos nutrientes tradicionais que eles contêm;
* Produtos de conveniência: produtos prontos ou semi-prontos, de fácil preparo, em porções individuais, que estão cada vez mais ganhando mercado;
* Produtos diet/light: com o crescente aumento dos problemas causados pela obesidade, essa área tende a crescer e ser cada vez mais promissora.

“O setor de alimentos é responsável por 10% do PIB e responde por aproximadamente 20% dos empregos oferecidos em toda a indústria de transformação no País. Ou seja, o setor é um grande empregador”, comemora o professor da FZEA/USP - campus de Pirassununga.

REMUNERAÇÃO

Segundo o professor Trindade, um profissional recém-formado, em início de carreira, tem uma remuneração média em torno de R$ 2.000,00 mensais, podendo, ao longo da profissão, chegar a obter rendimentos de até R$ 10.000,00.

Rogerio Jovaneli
Reportagem/SP