Dormir demais pode esconder um problema de saúde que requer atenção e tratamento. Saiba quando o sono excessivo é sinal de problema e os riscos que traz à saúde
Glícia Lopes Publicado em 15/12/2022, às 09h33
Em tempos de uma crise global insônia, dormir demais pode soar como privilégio, o que não é verdade. Como diz o ditado que “tudo demais é veneno”, o sono excessivo é sinal de problema e é importante identificá-lo e tratá-lo, pois, o sono em excesso pode ser tanto a causa como a consequência de um distúrbio.
Especialistas apontam que a quantidade ideal de horas sono varia entre sete e nove para uma pessoa adulta, mais do que isso seria “desperdício”. Mas, além do tempo despendido dormindo, é essencial considerar a qualidade do sono, a fim de garantir o descanso quando acordar.
Caso esteja sofrendo de sono excessivo, é importante avaliar se isso ocorre de forma pontual ou se já se tornou constante na sua rotina. Além disso, identifique e anote sintomas e sua intensidade a fim de encaminhar a um especialista que irá analisar se o sono demais é consequência de outro problema de saúde ou uma causa primária.
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Em alguns casos, dormir demais ou ter sono excessivo pode ser a própria raiz do problema, sendo considerada uma hipersonia primária. Ela ocorre quando o sono noturno se prolonga durante umas 12 ou 14 horas e há grande dificuldade para acordar. Alguns distúrbios associados a essa condição são:
Síndrome de Kleine-Levin, também conhecida como “Síndrome da Bela Adormecida”. Pessoas com essa síndrome podem chegar a dormir de 16 até 22 horas por até 14 dias seguidos. É um distúrbio neuropsiquiátrico que afeta principalmente homens jovens e é caracterizado por hipersonolência e alterações comportamentais.
Narcolepsia, uma doença neurológica crônica que causa sonolência em excesso durante o dia, mesmo se a pessoa dormiu bem à noite. Este distúrbio provoca ataques repentinos de sono fazendo com que a pessoa acabe adormecendo subitamente em situações cotidianas.
Hipersônia idiopática, outro distúrbio neurológico crônico caracterizado por sono excessivo e constante que não cessa mesmo se a pessoa dormir bem à noite ou tirar cochilos durante o dia.
Além destes distúrbios, o sono em excesso pode ser consequência de algumas condições, neste caso, se caracterizam como causas secundárias do sono excessivo:
Os problemas de dormir demais envolvem: dificuldade de atenção, concentração e memória; prejuízos à capacidade de planejamento e à coordenação motora; e maior dificuldade em controlar impulsos; crises de ansiedade e fadiga; dores de cabeça, dificuldades de manter o peso e a alimentação saudável, maior risco de diabetes e até mesmo menor expectativa de vida.
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*com informações de Persono
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