Hanseníase: bactéria estimula regeneração de órgãos do corpo humano, aponta estudo

Estudo realizado na Escócia identificou que a bactéria da hanseníase, a Mycobacterium leprae, pode regenerar órgãos do corpo e oferecer novas formas de tratamento

Glícia Lopes   Publicado em 17/11/2022, às 14h01 - Atualizado às 14h50

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Um estudo recente, realizado por cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, identificou que a Mycobacterium leprae, bactéria causadora da hanseníase, possui um importante potencial para tratar e regenerar órgãos do corpo humano, de acordo com informações da BBC News Brasil.

Os ensaios clínicos realizados com animais apontaram considerável capacidade da Mycobacterium leprae em fazer com que tecidos do corpo cresçam de forma saudável. Os cientistas identificaram, por exemplo, que a bactéria fez com que um fígado quase dobrasse de tamanho, num estímulo completamente saudável.

Com a descoberta, apesar desta capacidade da bactéria fornecer a ela mais material para sua infecção, em situações específicas, como a espera por transplante de um fígado, além de reverter efeitos do envelhecimento, a técnica será bem vinda, apontam os cientistas. Para eles, descobrir a forma como a bactéria pode regenerar tecidos do corpo pode proporcionar aos humanos novas formas de tratamento.

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Bactérias da hanseníase podem deixar o fígado “mais jovem”

A hanseníase é uma doença complexa que afeta os nervos, a pele e os olhos. Ao que se sabe, a bactéria causadora da doença tem a capacidade de deixar o fígado mais jovem, órgão bastante afetado pela hanseníase, alterando assim o relógio biológico de seu desenvolvimento.

A partir disso, verificando como a bactéria afeta os tatus, animais também acometidos pela hanseníase, os cientistas identificaram o potencial regenerador da Mycobacterium leprae. A descoberta apontou que esta bactéria pode rejuvenescer o fígado, fazendo com que as células deste órgão aumentem rapidamente em número, permitindo novamente seu amadurecimento.

A conclusão, após a análise da atividade de diferentes partes do DNA de um órgão, é que a ação da bactéria promove um comportamento mais próximo de um animal muito mais jovem e até mesmo de um feto, quando o fígado ainda estaria se formando. Com isso, estima-se que pessoas com o órgão debilitado poderiam receber o tratamento por meio da ação das bactérias e, assim, terem um fígado novo, rejuvenescido e regenerado.

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*com informações da BBC News Brasil

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