Menino morre de hantavirose em SC: veja outras doenças transmitidas por mordida de animal

Um menino morreu de hantavirose após receber mordida de rato silvestre. O caso ocorreu em Urubici, cidade da região da Serra catarinense (SC). O garoto de 11 anos, que faleceu no último dia 7 de setembro, teve a morte por hantavírus confirmada após resultado do laudo médico, emitido na sexta-feira (16). Conheça outras doenças transmitidas por mordida de animal.

A causa da morte foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde de Urubici nesta terça-feira (20). Segundo informações do G1, a criança morava na área rural da cidade, que acompanha o aumento do número da população de ratos silvestres dos gêneros Akodon e Oligoryzomys, que podem hospedar o hantavírus.

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O que é a hantavirose, doença da mordida de rato silvestre?

A hantavirose é uma doença altamente letal, infecciosa e grave, que pode levar à morte em até 72 horas após a contaminação. Para se ter uma ideia, de acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), das seis pessoas que contraíram o hantavírus no ano passado no estado, quatro morreram.

O mais comum é que a infecção por hantavírus ocorra após inalar partículas presentes na urina, nas fezes e na saliva de roedores silvestres. Embora seja atípico, a doença pode ser transmitida pela mordida do animal. Após o contato com a situação de risco, pode levar até 60 dias para surjam os sintomas da infecção, que geralmente envolvem:

• febre;
• diarreia;
• náusea e vômito;
• dor de cabeça;
• dor no corpo;
• dor abdominal;
• tosse seca;
• falta de ar intensa;
• cansaço;
• pressão baixa; e 
• sonolência.

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Outras doenças transmitidas por mordida de animal

De acordo com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), casos de emergência médica devido à mordedura de animais é bastante frequente. A maioria dessas ocorrências são provocadas por cães, mas apenas 20% dos casos evolui para algo grave.

No entanto, as mordeduras e arranhões provocadas por gatos provocam infecção em 50% das vezes. O risco após essa exposição é justamente contrair doenças infecciosas, que podem ser provocadas pela presença de bactérias, fungos, vírus e outros agentes biológicos hospedados pelo animal.

A seguir, conheça 7 doenças infecciosas transmitidas por mordida de animal:

1. Doença da arranhadura do gato: provocada pela bactéria Bartonella henselae transmitida por gatos, esta doença pode provocar inchaço e vermelhidão na pele, fadiga e desconforto, além de inchaço nos gânglios linfáticos. Embora possa desaparecer por conta própria, em alguns casos o tratamento envolve o uso de antibióticos.
2. Tularemia: esta doença é provocada pela bactéria Francisella tularensis e pode ser transmitida por animais infectados, como gatos e coelhos. Os vetores desta bactéria costumam ser pulgas, moscas e carrapatos que atacam os animais. A doença pode levar à morte e os sintomas da infecção envolvem: inchaço de gânglios linfáticos; perda de peso; calafrios; cansaço; dores no corpo; dor de cabeça; mal-estar; tosse seca; dor de garganta; e dor no peito.
3. Peste: provocada pela bactéria Yersinia pestis, a doença pode ser transmitida por gatos e ratos infectados. Ela se manifesta das principais três formas clínicas: bubônica, septicêmica e pneumônica. Os sintomas gerais incluem o exagerado inchaço dos gânglios linfáticos, febre, calafrios, dor de cabeça, fadiga e dores musculares.
4. Esporotricose: é uma infecção causada pelo fungo Sporothrix schenckii, que pode ser alojado e transmitido por gatos, cães, tatus e humanos, inclusive. Os sinais comuns da infecção esporotricose são feridas na pele e nas mucosas dos olhos, nariz e boca, apresentando pus ou não. Também podem desencadear anorexia, desidratação, febre, perda de peso e vômito.
5. Blastomicose: causada pelo fungo Blastomyces dermatitidis, que se aloja em cães e gatos, a doença afeta principalmente os pulmões, podendo se espalhar para outros órgãos. Esta condição pode desenvolver quadros de pneumonia, além de infecções na pele; febre; calafrio; sudorese; dor no peito; dificuldade para respirar; e tosse persistente.
6. Brucelose: também conhecida como febre mediterrânea ou febre de malta e de Gibraltar, a doença é provocada por bactérias do gênero Brucella, que afetam diferentes animais, como gados, suínos, caprinos e caninos. Os sintomas da infecção geralmente envolvem: febre incessante ou recorrente; sudorese noturna com cheiro estranho; calafrios; fraqueza; cansaço; falta de apetite; dor de cabeça; no abdômen e nas costas.
7. Leptospirose: causada pela bactéria Leptospira spp, presente na urina de animais infectados como gatos e ratos. A doença pode causar danos renais, hepáticos e levar à morte. A contaminação costuma desenvolver os sintomas de: febre alta; dor de cabeça; sangramento; dor muscular; calafrios; olhos vermelhos e vômitos.

A melhor forma de prevenir os casos é vacinando os animais domésticos regularmente, além de evitar provocar animais de fora do convívio e desconhecidos. Em casos de suspeita de contaminação é importante procurar assistência médica imediatamente.

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Como é feita a vigilância epidemiológica?

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