Ministério da Saúde contraria Anvisa na distribuição da vacina da covid-19 para crianças

O Brasil recebeu nesta quinta-feira (27) as primeiras doses da vacina da covid-19 para crianças. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a aplicação do imunizante em todas crianças de seis meses até quatro anos de idade. No entanto, o Ministério da Saúde autorizou a aplicação da vacina apenas em crianças de 6 meses a 3 anos que possuem comorbidades.

Até a próxima segunda-feira, 31 de outubro, o Ministério da Saúde deve publicar uma nota técnica com recomendações sobre a aplicação, distribuição por estados e público-alvo da vacina contra a covid-19 para bebês e crianças. Há a previsão de que o esquema vacinal seja de três doses do imunizante da Pfizer.

Ainda, é possível que tenha ocorrido um atraso na aquisição das doses da vacina contra a covid-19 para as crianças desta faixa etária, já que a aprovação da Anvisa para a aplicação do imunizante ocorreu há mais de um mês, tendo sido publicada no último dia 16 de setembro.

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Como deverá ser a cobertura com a vacina da covid-19 para bebês e crianças

Dentro desta faixa etária recomendada pela Anvisa para aplicação da vacina da covid-19, de seis meses a 4 anos de idade, existem cerca de 13 milhões de crianças no Brasil, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Desse modo, calcula-se a necessidade de aquisição de 39 milhões de doses da vacina contra a covid-19 para que a cobertura vacinal seja completa.

Como o Ministério da Saúde retirou as crianças de 3 a 4 anos de idade do público-alvo da vacina da Pfizer, estima-se que cerca de 21 milhões de doses serão suficientes para completar o esquema vacinal. Apesar disso, o número de doses que chegaram ao Brasil é bem menor que esse número.

Apesar de a Anvisa ter liberado a aplicação em todas as crianças de seis meses a 4 anos de idade, o Ministério da Saúde ainda vai avaliar junto à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), a imunização contra a covid-19 de crianças dessa faixa etária sem comorbidades.

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Como é feita a vigilância epidemiológica?

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