Morte de crianças por covid-19 foi três vezes maior do que por outras doenças, aponta levantamento

Pesquisadores do Observatório de Saúde na Infância da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgaram na última segunda-feira (25) um levantamento que analisou a morte de crianças por covid, com idade entre seis meses e três anos na última década, considerando outras 14 doenças.

A constatação foi de que a morte de crianças por covid foi três vezes maior nessa faixa etária, em comparação com outras doenças. O levantamento considerou doenças apontadas na Lista Brasileira de Mortes Evitáveis para menores de 5 anos.

Todas as enfermidades listadas têm potencial para matar, mas podem ser prevenidas com as vacinas. Algumas das doenças presentes na lista não causaram nenhuma morte entre crianças durante o período analisado, de 2012 a 2021.

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Covid matou mais do que 14 doenças juntas

A morte de crianças por covid, da faixa etária de seis meses a 3 anos, chegou a ser descartada no início da pandemia. No entanto, a realidade apontou o contrário. Um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) verificou uma grande diferença entre a mortalidade por covid, em comparação com 14 doenças listadas a seguir:

• neurotuberculose;
• tuberculose miliar;
• tétano neonatal;
• tétano;
• difteria;
• coqueluche;
• poliomielite;
• sarampo;
• rubéola;
• hepatite B;
• caxumba;
• rubéola congênita;
• hepatite viral congênita;
• meningite meningocócica do tipo B.

Juntas, essas doenças foram responsáveis pela morte de 144 crianças com idade entre 6 meses e 3 anos nos últimos dez anos. Já a covid-19, desde que começou a se espalhar pelo mundo, tirou a vida de 539 crianças no Brasil, dessa mesma faixa etária, apresentando um número três vezes maior de mortalidade do que as 14 doenças listadas juntas.

Esse número pode ser influenciado pela falta de vacinação desse grupo, que ainda não tem a imunização permitida no Brasil. Para as outras 14 doenças apresentadas já existem vacinas. Atualmente, só é permitida no país a vacinação de crianças com mais de 3 anos de idade, deixando o grupo com mais novo sem cobertura vacinal.

*com informações da Agência Brasil

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