A Anvisa autorizou a realização de ensaio clínico de nova vacina contra a covid-19 pelo CT Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Glícia Lopes Publicado em 03/10/2022, às 21h06
Em breve o Brasil poderá ter uma nova vacina contra a covid-19. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta segunda-feira (3) a investigação de um novo imunizante contra o coronavírus, o SpiN-Tec. A pesquisa está sendo desenvolvida pelo Centro de pesquisa e produção de vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (CT Vacinas da UFMG), junto à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O novo imunizante apresentou resultados favoráveis nas fases de testes já realizadas, onde apontaram um perfil de segurança positivo e satisfatório para a vacina. Para conceder a autorização para esta nova fase de testes e seguir com o desenvolvimento dos produtos, a Anvisa considerou os dados obtidos por meio de estudos não clínicos in vitro e em animais, bem como de informações anteriores de estudos clínicos já encaminhados.
Este estágio da investigação vai ser realizada, pela primeira vez, em humanos e contará com duas etapas de ensaios clínicos: na primeira, será aplicada uma dose gradativa para verificar a segurança e possíveis possíveis efeitos colaterais indesejados da vacina; e na segunda etapa será verificada a capacidade de imunização, com base no nível de anticorpos gerados pela SpiN-Tec.
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A nova vacina contra a covid-19, a SpiN-TEC, contém em sua composição a fusão de duas duas proteínas, S e N, que formam proteína “quimera”, que significa que são formadas a partir de quatro células-mãe, ou dois ovos fertilizados (S e N) e contém 100% do material genético de ambas as partes.
O diferencial conferido a este novo imunizante, em relação aos demais, é que a vacina pode ter maior eficácia contra as variantes do coronavírus, como a ômicron, por exemplo, que tem um enorme potencial de mutação e transmissibilidade. Ainda, o imunizante deve funcionar como uma dose de reforço para quem já tomou as três doses da Pfizer, Astrazeneca e Coronavac, há pelo menos seis meses.
O mecanismo de ação da SpiN-Tec funciona produzindo anticorpos e atua no nível celular do organismo, induzindo o corpo a produzir linfócitos Ts, células que fazem a defesa do organismo e compõem o sistema imunológico, enviando respostas antivirais.
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*com informações da Agência Brasil e Fiocruz
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