A disidrose pode deixar a pele ressecada após o desenvolvimento de lesões na pele. A doença pode ainda se tornar crônica. Veja o que causa e como tratar
Glícia Lopes Publicado em 08/11/2022, às 12h07 - Atualizado às 12h16
As causas para a pele ressecada podem ser diversas. No entanto, há uma condição pouco conhecida que pode provocar lesões na pele, a disidrose. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), esta doença provoca o surgimento de numerosas vesículas, que têm como característica a formação de pequenas coleções líquidas na pele, lembrando grãos de sagu.
A disidrose costuma afetar a região das palmas das mãos e plantas dos pés, provocando a formação de bolhas de tons claros que deixam uma região avermelhada ao redor, envolvendo uma sensação de coceira e dor na região afetada. Em seguida, após a manifestação destes sintomas iniciais, as bolhas evoluem para a descamação da pele, segundo informações da SBD.
Na maioria dos casos, cerca de 70 a 80% das ocorrências, apenas as mãos são afetadas e a condição costuma se resolver dentro do prazo de uma a três semanas. Apesar disso, há casos em que a doença pode se instalar, se tornando recorrente com um intervalo de semanas a meses.
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Pessoas com idade entre 20 e 40 anos de ambos os sexos estão mais suscetíveis a adquirir a disidrose. A doença é predominante em períodos de clima mais quente, já que é ocasionada devido à infiltração de suor entre as células da pele. Por isso, pessoas que suam excessivamente também estão mais propensas a ter a doença.
Outros fatores que podem impulsionar o surgimento da disidrose são questões emocionais. Esta condição pode tanto agravar quanto provocar a doença. Apesar disso, as causas para esta condição envolvem inúmeros fatores e pode estar associada a questões externas ou de contato com alguma substância, além de questões do organismo da pessoa.
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Nos casos mais leves de disidrose, o tratamento pode adotar o uso de compressas ou banhos de permanganato de potássio ou água boricada a 2%. A aplicação do medicamento pode ser feita de duas a três vezes ao dia, até as lesões desaparecerem ou apresentarem melhoras significativas. O uso de pasta d’água também pode ser adotado nesta fase, associado aos produtos já mencionados.
É possível que seja indicado o uso de corticoide em casos mais graves. Quando a condição se torna refratária, sem resposta ao tratamento convencional, é provável que se utilize como alternativa imunossupressores, além de aplicação de produtos diretamente na pele. O tratamento envolve ainda o uso de cremes e pomadas de corticoide, tacrolimo, pimecrolimo e coaltar.
É importante que o diagnóstico seja feito por um profissional, como o dermatologista. Este especialista poderá apontar as possíveis causas para a condição e orientar o melhor tratamento, de acordo com a necessidade de cada paciente. Além do mais, é essencial não se automedicar nem se autodiagnosticar.
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