Com cada vez mais jovens adeptos do vape, os riscos do cigarro eletrônico têm despertado a preocupação de pesquisadores. O produto tem cerca de 80 substâncias tóxicas; veja
Glícia Lopes Publicado em 08/12/2022, às 12h37
Com variados aromas e sabores, o cigarro eletrônico surgiu no mercado e logo virou febre entre os jovens. Também conhecidos como vaporizadores ou vape (em inglês), este novo acessório da galera, esconde riscos tão grandes quanto o cigarro comum. O que já é evidente é que o produto causa uma dependência da nicotina ainda maior do que o cigarro conhecido há décadas pela população.
Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), atualmente cerca de 70% dos usuários de vape têm entre 15 e 24 anos. Utilizados com a suposta ideia de que contém menos nicotina, os produtos carregam em si cerca de 80 substâncias tóxicas, entre elas:
A queima de componentes químicos presentes nos cigarros eletrônicos oferece um grande risco à saúde do indivíduo, visto que não são conhecidas e, tampouco, reguladas pelas agências de saúde. Qualquer combustão inalada pelo pulmão oferece risco ao órgão, não sendo diferente com o cigarro eletrônico que aumenta a frequência desse uso com seu alto poder de causar dependência.
As substâncias químicas presentes no vape (cigarro eletrônico) estão relacionadas ao risco de desenvolvimento de sérios problemas de saúde, tais como: o aumento das chances de desenvolvimento de problemas respiratórios e cardiovasculares, além da possibilidade de desenvolver câncer de pulmão, largamente associado ao tabagismo.
Além disso, uma pesquisa publicada pela famosa revista científica The Lancet Public Health, analisou cerca de 480 doenças. Destas, 56 estavam associadas ao tabagismo, destacando a maior propensão de fumantes desenvolverem certos problemas de saúde. As principais doenças presentes na lista são:
Nos Estados Unidos, por exemplo, que tem um grande número da população adepta aos cigarros eletrônicos, houve mais de 800 casos de pessoas, a maioria homens jovens com menos de 25 anos de idade, com uma síndrome respiratória misteriosa que levou 12 pacientes à morte. As queixas costumam ser dores no peito, dificuldade de respirar e febre alta.
No Brasil, desde 2009, todos os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF) são proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, incluindo o cigarro eletrônico. Também é proibida a venda, a importação e propaganda do produto, por isso, todo acesso ao produto é ilegal.
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As doenças pulmonares ocupacionais apresentam elevados índices de prevalência em todo o mundo, sobretudo na saúde do homem, que somadas ao tabagismo, constituem fatores de risco para o câncer de pulmão. Para saber mais sobre o câncer de pulmão, principal causa de morte por câncer no mundo, acesse o Blog da Medcel e fique por dentro. Lá você também confere tudo sobre a área médica, como concursos, especialidades, títulos e notícias da categoria. Aproveite!
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