Alerta: Endividamento das famílias brasileiras dispara para 78,8%, o maior nível em 7 meses

O endividamento das famílias brasileiras segue em trajetória ascendente, alcançando 78,8% em maio de 2024, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Esse novo recorde, o terceiro consecutivo, supera inclusive o pico de novembro de 2022.

A pesquisa aponta que o principal fator para o aumento do endividamento é a facilitação do acesso ao crédito, impulsionada pela queda na taxa básica de juros (Selic). Desde agosto de 2023, a Selic vem em declínio, passando de 13,75% para os atuais 10,50%.

De acordo com o levantamento, essa redução torna o crédito mais barato e atraente para as famílias, que buscam suprir suas necessidades e desejos de consumo.

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Cartão de crédito lidera endividamento, enquanto cheque especial atinge menor nível

O cartão de crédito se destaca como o principal vilão do endividamento, presente em 86,9% dos casos. Carnês (16,2%) e crédito pessoal (9,8%) também figuram entre as principais dívidas. Por outro lado, o cheque especial, com apenas 3,9% das famílias endividadas, atinge o menor índice desde o início da pesquisa em 2010.

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Apesar da expansão do crédito, os dados revelam que 28,6% das famílias brasileiras estão inadimplentes, ou seja, com contas atrasadas. Entre essas, 12% sequer possuem condições de quitar seus débitos, evidenciando a fragilidade da situação financeira de muitos lares brasileiros.

A CNC projeta que a escalada do endividamento deve continuar até o final do ano, com a taxa de famílias endividadas chegando a 80,4% em dezembro de 2024. Esse cenário preocupante exige atenção e medidas para promover a educação financeira e o consumo consciente entre a população brasileira.

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