Mesmo com as eleições polarizadas, o mercado financeiro manteve as projeções próxima das avaliações passadas
Victor Meira Publicado em 03/10/2022, às 09h40
Após os resultados da apuração do 1º turno das Eleições, o Boletim Focus do Banco Central (BC ou Bacen), que reúne as projeções do mercado financeiro, apresentou pela 14ª semana seguida a redução da projeção da inflação. Segundo documento, o mercado espera 5,74% no acumulado em 12 meses.
Na semana passada, a expectativa era de um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) 5,88%. Há quatro semanas, o Boletim Focus previa 6,61%. Em relação a 2023 e 2024, as expectativas continuam as mesmas, 5,00% e 3,50%, respectivamente.
Apesar do resultado, a previsão para 2022 ainda está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2% e o superior 5%.
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Com o PIB (Produto Interno Bruto), o mercado continua otimista com um crescimento estimado 2,70%, ante os 5,67% da semana passada. Há um mês, a projeção era de 2,26%.
Para o ano que vem, o Boletim Focus registrou um avanço na projeção do PIB, de 0,53%. Por outro lado, em 2024, o mercado prevê um crescimento mais tímido, na casa do 1,70%.
Em contrapartida, o Boletim Focus manteve estável as avaliações sobre o dólar e a taxa Selic. Segundo os economistas, a moeda norte-americana deve manter a cotação de R$ 5,20 para 2023 e 2024.
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Sobre a taxa básica de juros, os analistas do mercado financeiro entendem que a Selic feche 2022 em 13,75% ao ano, a mesma da atual. Com a redução da inflação, a expectativa é uma Selic mais fraca em 2023, na casa dos 11,25%.
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