Professores de universidades federais e IFs começam nesta quarta-feira (26) a retornar às atividades acadêmicas após 70 dias de paralisação
Jean Albuquerque Publicado em 26/06/2024, às 16h34
A partir desta quarta-feira (26), professores de universidades e institutos federais de educação, junto ao governo federal, começam a retomar suas atividades acadêmicas após cerca de 70 dias de greve.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), espera-se que todas as atividades acadêmicas estejam normalizadas até o dia 3 de julho.
A assinatura do acordo para encerrar o movimento grevista, originalmente marcada para hoje, foi adiada para amanhã (27) a pedido da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas (Fasubra).
O adiamento visa proporcionar tempo para a realização de uma assembleia que confirmará o término da greve por parte dos técnicos administrativos.
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Eliene Novaes, presidente da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (Adunb), informou à Agência Brasil que as aulas foram retomadas hoje, juntamente com um "intenso debate sobre o calendário acadêmico" e os resultados do movimento grevista, que, segundo a entidade, trouxe avanços significativos para os professores, incluindo a reposição salarial.
“O governo propôs uma reposição salarial de 9% a partir de janeiro de 2026, e de 3,5% a partir de abril de 2026, além da reposição dos níveis de carreira. Além desses pontos, há outros ganhos resultantes desta greve, como a reestruturação da carreira, direitos dos aposentados e direitos de progressão e promoção docente”, destacou a representante dos professores da UnB.
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A definição do cronograma para o retorno pleno das atividades será discutida durante a reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UnB, prevista para a tarde de quinta-feira (27).
“Vamos reestruturar toda a programação de compensação de aulas durante o período de greve. Esse calendário é fundamental para assegurar aos estudantes e professores todos os direitos ao ensino e às ações desenvolvidas”, explicou a dirigente à Agência Brasil.
A proposta do governo, aceita pelo comando nacional de greve, inclui um reajuste zero para 2024 devido a limitações orçamentárias. Como compensação, foi oferecido um aumento do reajuste linear de 9,2% para 12,8% até 2026, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.
A Adunb destaca que a recomposição orçamentária das universidades federais é apenas uma das demandas do movimento grevista. A entidade critica a defasagem nos orçamentos e a interferência no pleno funcionamento das universidades.
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