O pagamento do auxílio aluguel será feito ainda neste mês às famílias que foram vítimas do incêndio na Zona Noroeste de Santos
Mylena Lira Publicado em 05/09/2023, às 21h15
A Prefeitura de Santos se mobiliza para amparar as famílias que foram vítimas do incêndio devastador que atingiu o Caminho São José, na Zona Noroeste de Santos, na noite desta segunda-feira (4). O prefeito Rogério Santos decretou estado de emergência em resposta à tragédia, que será oficialmente publicado no Diário Oficial do Município nesta quarta-feira (6), e anunciou o pagamento de auxílio aluguel.
Desde as primeiras horas do incêndio, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Seds) tem trabalhado para cadastrar as famílias afetadas. Inicialmente, 260 famílias foram cadastradas, e nos próximos dias, a Seds continuará a cadastrar todas as pessoas cujas casas foram consumidas pelas chamas. Equipes de assistentes sociais e psicólogos estão acompanhando de perto cada caso, validando informações cruciais para a assistência direcionada a cada morador.
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O auxílio emergencial, que começará a ser pago ainda este mês, consistirá em um valor de R$ 1.200. Desse total, R$ 600 serão destinados ao pagamento do aluguel e os outros R$ 600 para auxílio na compra de bens essenciais perdidos no incêndio. A partir do segundo mês, as famílias continuarão a receber R$ 600 mensais até que sejam acomodadas em moradias definitivas através dos programas habitacionais do Município.
A Companhia de Habitação da Baixada Santista (Cohab-Santos) utilizará o cadastro da Seds para identificar se essas pessoas já estão incluídas no grupo de beneficiários das 1.120 unidades do Conjunto Habitacional Tancredo Neves III.
O cronograma de realocação dessas famílias, que começou em julho deste ano, está programado para ser concluído até novembro. Caso sejam encontradas famílias do incêndio que ainda não tenham se mudado para as novas unidades, a Cohab agilizará o processo de transferência.
O Conjunto Habitacional Tancredo Neves III marca o compromisso da Prefeitura de Santos em fornecer habitação para moradores que perderam suas casas em incêndios anteriores, ocorridos desde 2015, e que recebiam auxílio emergencial.
Além disso, a Prefeitura de Santos tem em andamento a construção de 1.298 unidades habitacionais, com 1.014 delas destinadas a famílias que vivem em palafitas. Outras 2.300 unidades estão planejadas em projetos que aguardam recursos do governo federal e estadual.
O prefeito Rogério Santos recentemente se reuniu com o governador Tarcísio de Freitas para discutir o Parque Palafitas, um inovador projeto de urbanização destinado ao Dique da Vila Gilda, que envolve a construção de moradias com infraestrutura completa, saneamento e segurança.
A população de Santos também tem a oportunidade de contribuir com as famílias afetadas pelo incêndio. O Fundo Social de Solidariedade (FSS) de Santos, localizado na Av. Conselheiro Nébias, 388, Encruzilhada, estará aberto 24 horas para receber doações de alimentos, roupas, cestas básicas e itens de higiene pessoal.
A Prefeitura Regional da Zona Noroeste, na Avenida Nossa Senhora de Fátima, 456/460, também servirá como ponto de coleta. Durante os feriados de quinta e sexta-feira (7 e 8 de setembro), dois locais especiais de arrecadação estarão disponíveis. Durante o Desfile Cívico Militar de Sete de Setembro, que ocorrerá na Avenida Bartolomeu de Gusmão, entre os canais 5 e 6, a população poderá fazer suas doações.
Além disso, outro ponto de coleta estará localizado na Praça José Bonifácio durante a missa solene em homenagem à Nossa Senhora do Monte Serrat, na sexta-feira (8). O Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo também ofereceu seu apoio, enviando cestas básicas para ajudar as vítimas.
Em colaboração com o Governo do Estado, as famílias cadastradas pela Seds terão acesso gratuito às refeições no Bom Prato da Vila Gilda, localizado na Av. Brigadeiro Faria Lima, 1.349, durante os feriados de 7 e 8 de setembro.
No momento inicial da tragédia, a Seds providenciou abrigos de emergência no Centro Esportivo e Recreativo da Zona Noroeste e utilizou a UME Pedro Crescenti como ponto de apoio para os cadastros sociais. A Guarda Civil Municipal, o SAMU e a Defesa Civil de Santos trabalharam em conjunto com o Corpo de Bombeiros para prestar assistência às vítimas.
A Secretaria Municipal de Saúde atendeu 18 pessoas, das quais seis foram encaminhadas para Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) devido à inalação de fumaça e ansiedade. Felizmente, todos receberam alta na manhã desta terça-feira (5). Não houve vítimas fatais ou casos graves de queimaduras. As autoridades policiais estão investigando as causas do incêndio.
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