O mercado financeiro ficou bem apreensivo com a apresentação de uma PEC, com um valor de R$ 175 bilhões fora do teto
Victor Meira Publicado em 21/11/2022, às 09h43
Na semana passada, o mercado financeiro ficou bastante nervoso após a apresentação da PEC da Transição, que indicava um valor de R$ 175 bilhões fora do teto de gastos para financiar o futuro Bolsa Família, adicional de R$ 150 por criança de até seis anos, aumento real do salário mínimo, dentre outros.
Como consequência disso, as expectativas dos principais indicadores econômicos pioraram para o final de 2022 e no ano de 2023. Os dados da projeção do mercado são do Boletim Focus do Banco Central (BC ou Bacen), que reúne as expectativas das principais instituições financeiras do Brasil.
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Pela quarta semana seguida, o Boletim aumentou a expectativa do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), considerada da inflação oficial do país, de 5,82% para 5,88%. Há quatro semanas, a projeção era de 5,60%.
Para o ano que vem, a perspectiva da inflação também subiu. O IPCA avançou de 4,94% para 5,01%.
Com a inflação mais alta, os dados sobre taxa de juros e câmbio também cresceram. A taxa Selic se manteve estável em 13,75% ao ano, que é a mesma da atual. Mas os dados estão mais pessimistas para 2023. O Boletim Focus subiu de 11,25% para 11,50%.
A expectativa da cotação do dólar apresentou alta também. Na semana passada, a moeda americana estava cotada para terminar o ano em R$ 5,20. Nos dados divulgados hoje, o mercado entende que ele deve fechar em R$ 5,25. Movimento semelhante aos dados de 2023, cujo dólar subiu de R$ 5,20 para R$ 5,24. Nesta segunda-feira (21), o dólar está cotado a R$ 5,32.
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A projeção do PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma de tudo que é produzido no país) continuou a trajetória de alta em 2022, embora tenha ficado estável para o ano que vem. O PIB 2022 subiu de 2,77% para 2,80%, ante os 2,76% de quatro semanas atrás.
Já o PIB 2023 continuou com a projeção de 0,70%, um pouco acima do 0,63% de um mês atrás.
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